Fort Lauderdale, Flórida, 06 de Junho de 2004 Ano XII  Lição Nº 23


 

Nossa Crise de Alienação

Rev. Ézio Martins de Lima   Brasil

Brasileiro, pastor, professor e articulista.

Freqüentemente muitos se sentem "perdidos", sem saber muito bem quem são, para que nasceram. Isso se deve a um não conhecimento de si mesmo, uma alienação existencial. Esta alienação leva o ser humano à busca do autoconhecimento e, conseqüentemente, do propósito da sua vida. João Calvino, o ‘reformador de Genebra’, escreveu: “é evidente que o homem jamais alcançará um conhecimento perfeito de si mesmo, a menos que primeiramente vislumbre o rosto de Deus e daí desça para a contemplação de si mesmo”. O conhecimento de nós mesmos, se não passa por Cristo, é sempre distorcido. Uma auto-análise nunca é isenta de equívocos, pois, ou há uma rejeição do ser, julgando-se um fracassado, o que leva a um conformismo e acomodação com o seu destino, ou, por outro lado, incorre-se no erro de supervalorizar o “eu”, julgando-se melhor e mais forte dos que outros. Faz-se necessário passarmos por Cristo. Ele vai dizer quem somos, vai mostrar nossas qualidades, mas também nossas fraquezas, vai revelar nossas mazelas, nossos medos interiores, nossas incapacidades, nossos limites, vai mostrar o por quê dos nossos impedimentos e recalques.  Jesus é o único capaz de olhar além das aparências. E, ao nos confrontar com o que de fato somos, nos leva a uma crise entre o que pensávamos que éramos e o que Ele está agora nos revelando que somos. Podemos ver claramente essa "crise" acontecer em uma das mais fantásticas conversões do Novo Testamento - a de Zaqueu. Um homem rico, ‘mal visto’ por todos, cobrador de impostos, sem amigos verdadeiros, e com um "rótulo" intragável para a maioria das pessoas. Mas havia algo lá dentro dele que só Jesus conhecia e podia libertar. Jesus não apenas sabia o seu nome ao olhar para o alto da árvore, mas Jesus conhecia o seu potencial do que ele poderia "vir a ser". Se perguntássemos a Zaqueu até aquele dia quem ele era, a resposta seria - "eu sou um rico miserável, não sou feliz, sou um solitário, ninguém me ama.” Havia algo dentro de Zaqueu que precisava ser curado. Conversão é cura! Cura das mazelas, cura das feridas, cura do passado, cura da totalidade do ser. Zaqueu jamais poderia dizer o que disse "dou metade dos meus bens aos pobres e restituo quatro vezes mais a quem defraudei", se não tivesse passado por uma profunda conversão. Quando sabemos o que somos em Cristo, não há espaço para o medo, para a reserva, para as meias palavras. Quem sabe o que é não tem nada a esconder. Esse encontro do “nosso ser” com Cristo liberta-nos da angústia causada pela alienação pessoal, ao mesmo tempo em que nos traz a consciência do sentido da nossa vida: não mais nos rejeitamos; não mais nos conformamos e não mais fugimos da nossa realidade. No nosso encontro pessoal com Cristo a “questão da nossa crise de alienação encontra a resposta final!

Ansiedade

Manurela Barros  Estados Unidos

Brasileira, professora, Diretora do Evangelismo  e Tesoureira da Igreja.

Receio sem objeto ou relação com qualquer contexto de perigo, e que se prende, na realidade, a causa psicológica inconsciente (Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa). A ansiedade por se tratar de um estímulo psicológico, atinge a alma do homem. Porém, não é difícil perceber que as conseqüências da mesma podem atingir o corpo e até mesmo o espírito. Atinge o corpo através de estímulos acidulantes que causam distúrbios no sistema nervoso e gastro-intestinal do homem. Se concernente ao corpo já se encontra a ansiedade sendo um fator desgastante, ao ser espiritual humano ainda mais. O conceito de ansiedade é reverso ao da fé em Deus. Por isso o apóstolo Pedro diz: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7). Se o crente vive por fé e não por vista nunca será afetado por este mal. Contudo Jesus em seu ministério terreno, mostrou entender que o homem vivia ansioso pelas suas banais necessidades e os instruiu: “Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Olhai para as aves do céu que não semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vó muito mais valor do que elas? Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.25,26,33). Definitivamente a ansiedade não deve ser um mal que aflige a vida do crente, pois este deve, através da oração, deixar Cristo, nosso Senhor e Salvador, suprir toda sua necessidade e permitir que o Espírito Santo Consolador cuide de sua alma. Orienta o apóstolo Paulo: “ Não estejais inquietos (ansiosos) por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

 

A ANSIEDADE PELAS COISAS TEMPORAIS

Rogério da Silva Feital Estados Unidos

Brasileiro, pastor, professor, diretor dos Jovens.

 

Texto Áureo da Lição

 Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.  (1 Timóteo 6.9)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: GRAÇA, GRAÇA, número 205 da Harpa Cristã.

 

1.  A ANSIEDADE À LUZ DAS ESCRITURAS
Opõe-se à fé do cristão: Mt 6.28-32.
Opõe-se à segurança do cristão: Lc 12.19.
Opõe-se à vida do cristão: Lc 12.15.
2. A ANSIEDADE E O SER HUMANO
Prejudicando sua saúde: Ec 5.3,7.
Afetando seu relacionamento: Gn 13.7
 Diminuindo sua produtividade: Mt 6.24
3. A ANSIEDADE E SEUS EFEITOS COLATERAIS
Afasta a bênção do indivíduo: Mt 16.26
Afasta a bênção da família: Pv 16.5; Tg 4.6,16
Afasta a bênção da congregação: 1 Tm 6.9

   

Texto da Lição:

Mateus 6.25-34



25 Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a
vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
32 (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

(ARC)