Fort Lauderdale, Flórida, 16 de Março de 2003 Ano XI  Lição Nº 11


 

A oração dos Santos

Ezequias Amancio Marins Brasil

Brasileiro, pastor, professor e articulista.

"Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos". (Apocalípse 5.8). Quando adolescente era aficionado em um grupo de rock gospel de nome "Rebanhão", e eles tinham uma música que uma das estrofes era assim: "este mundo está virado do avesso, ninguém sabe onde é o fim e o começo...". Hoje me lembro dessa letra como uma constatação de que, de fato, o mundo está completamente perdido em seu próprio eixo, o que estarrece a humanidade, e deixa todos nós pensativos e perguntando ao mesmo tempo: "alguém está no controle disso tudo?". O livro de Apocalípse de João fôra escrito em um contexto de perseguição. Era imperador de Roma um o sanguinário Domiciano. Ele, pelo que consta alguns historiadores, "banhou Roma com o sangue dos cristãos". Ao perceber o contexto histórico fica mais fácil compreender porque o livro de Apocalípse capricha tanto em símbolos, analogias e alegorias para comunicar sua mensagem. Os "quatro seres viventes" são no pensamento bíblico, segundo a tradição profética, os guardiões dos céus. Eles são representados pelas figuras do leão (força), do boi (serviço), do homem (inteligência) e da águia (visão). Já os "vinte e quatro anciãos" são os representantes das duas tradições históricas ligadas ao cristianismo (os doze patriarcas somados aos doze apóstolos). Enfim, são referências de que Jesus foi o cumprimento de todas as expectativas dos homens nos mais variados momentos históricos da humanidade. E no texto vemos que tanto os "quatro seres viventes" quanto os "vinte e quatro anciãos" estavam prostrados diante do Cordeiro. Isso indica que de fato, todo o céu está a disposição de comando de Jesus. Quando Jesus orou por mim e por você em João 17, todo o contingente celestial assumiu a responsabilidade de zelar por cada um de nós. E isso se torna ainda mais verdadeiro, quando percebemos que além do louvor que cada criatura celeste entoava ao Cordeiro, eles tinham nas mãos uma taça de ouro "cheias das orações dos santos". Os céus levam bastante a sério suas orações. Não é a toa que as taças não são de prata, ou de bronze, ou de lata, elas são de "ouro". As orações dos homens são recebidas por Deus, e todo o contingente celestial recolhe nossas preces e as tem como preciosas. Não há lata de lixo no céu para jogar fora nossos pedidos e clamores, Deus e os seus anjos recolhe cada uma de nossas petições e à seu tempo nos atende. Não se deve orar apenas por "desencargo de consciência", como que para expressar uma obrigação religiosa. Se deve orar na certeza de que o Deus a quem servimos está de ouvidos atentos ao nosso clamor. Tenho aprendido vários princípios a respeito da oração, alguns deles são: quando o natural do homem falha, o sobrenatural de Deus se estabelece; ainda, o tempo cronológico nunca foi e nunca será problema para Deus; e por último, nunca haverá grilhões fortes o bastante para impedir a atuação de Deus nas vidas dos seus filhos amados. É desejo de Deus assumir para si os seus sonhos e projetos pessoais. Com isso, ele recolherá, na companhia dos "quatro seres viventes" e dos "vinte e quatro anciãos", essas suas orações, e ao colocá-las em "taças de ouro", darão a todas elas um "encaminhamento de graça." Afinal de contas como disse Eugene O’Neil: "o homem nasceu quebrado. Ele vive se consertando. A graça de Deus é a cola". Agora, um apelo ao seu coração: deixe Deus trabalhar em seus sonhos! Não o atrapalhe com o seu "achismo" ou com a sua pressa obstinada. Deixe Deus ser Deus na sua vida. Uma vez entregando suas orações e petições, confie. Pura e simplesmente, confie. Mesmo que o mundo lhe pareça do avesso, creia que Jesus é o único que pode mudar a sua história. 

Sofrimento

Dorcas Copque U.S.A.

Brasileira, professora e membro da Diretoria.

 

Existem vários tipos de sofrimentos. Sofremos materialmemte quando perdemos algo que nos era de muito valor; sofremos nos nossos sentimentos quando perdemos alguém que amamos; ou mesmo espiritualmente quando lutamos pela causa do Senhor. Sabemos que o sofrimento entrou no mundo pelo pecado de um homem: Adão (Gn 3.16,17). Porém nem sempre a origem do sofrimento do homem é o pecado original; muitas vezes trata-se da tentação maligna permitida por Deus na vida do crente, sem dúvida dando-lhe também o escape (1 Co 10.13). Pode também ser o instrumento de provação de Deus para com o crente. Nada que o Senhor permita os seus passarem ou sofrerem é sem razão. Os frutos advindos do sofrimento permitido por Deus são de peso eterno: fé, autoridade, maturidade, fortaleza entre outros. Mas de qualquer modo o nosso Deus não está alheio ao nosso sofrimento seja ele qual for, por isso nos enviou a Jesus. Este veio ao mundo para sofrer por nós; viveu como nós vivemos e sabe exatamente o que passamos (Fp 2.6-11). O mais seguro de tudo isto, é saber que todo sofrimento um dia terá seu fim. E será este dia o mais maravilhoso para a vida de todo aquele  que tem segurança no seu coração das promessas do nosso Senhor, que um dia voltará (1 Ts 4.16-18).

ELIÚ E A TEOLOGIA DO SOFRIMENTO

Julio DaSilva África do Sul

Brasileiro, pastor, professor e missionário.

Texto Áureo da Lição

 O Senhor prova o justo, mas a sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência. (Salmo 11:5)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: HÁ UM CAMINHO SANTO, número 97 da Harpa Cristã.

 

1.  A dimensão espiritual do sofrimento  
Sofrendo por Deus: Dt 8:16; 13:3
Sofrendo do homem: Gl 6:7; 1Pe 2:18-20
Sofrendo do Adversário: Jo 10:10; Ap 2:10
2.  A razão do sofrimento diante de Deus
Pelo ensino que traz a experiência: Zc 13:9; Cl 4:10
 Pela maturidade gerada pela dor: Tg 1:3; Fm 1:9
 Pelo aperfeiçamento do quebrantamento: Pv 17:3; Is 53:10
3.  A experiência do que sofre
Consola ao que está a sofrer: 2Co 1:4; 7:6
Compreende quem sofre: Rm 5:8; Jo 16:33
Alegra-se pela vitória do que sofreu: Mt 5:10; Jó36:11

 

 

Texto da Lição:

Jó 36:1-11

 Jó 36:1 Prosseguiu ainda Eliú e disse: 2 Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus. 3 Desde longe repetirei a minha opinião; e ao meu Criador atribuirei a justiça. 4 Porque, na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que é sincero na sua opinião. 5 Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza; grande é em força de coração. 6 Não deixa viver ao ímpio e faz justiça aos aflitos. 7 Dos justos não tira os seus olhos; antes, com os reis no trono os assenta para sempre, e assim são exaltados. 8 E, se estão presos em grilhões e amarrados com cordas de aflição, 9 então, lhes faz saber a obra deles e as suas transgressões; porquanto prevaleceram nelas. 10 E revela isso aos seus ouvidos, para seu ensino, e lhes diz que se convertam da maldade. 11 Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em bem e os seus anos, em delícias.

(ARC)