Fort Lauderdale, Flórida, 29 de Setembro de 2002 Ano X  Lição Nº 39


 

O cavalo de Tróia!

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, escritor, professor e conferencista.

O saudoso pregador americano, John Ostein, numa de suas vibrantes mensagens à nação, disse: os homens estão fazendo a Igreja perder a visão para a qual foi chamada; eles estão igrejando o mundo, e mudanizando a Igreja! Sim, é tempo de despertamos às consciências que Cristo estabeleceu a Igreja para salvar o mundo exclusivamente pela Palavra! Numa defesa  bairrista, temos tentado, a todo custo,  cristianizar nossa nação à modelo de Constantino! Os esforços têm sido politicamente dissipados nas ruas, com passeatas; à frente das clínicas femininas, com barricadas; na câmara e senado, com agudos protestos; nas assembleias populares, e nos púlpitos das Igrejas, com intermináveis argumentos contra o aborto e o menor abandonado, contra o divórcio e os homossexuais, contra as prostitutas de ruas e a inseminação artificial, contra o planejamento familiar e a abolição da leitura da Bíblia em repartições públicas, contra isso e aquilo - uma agenda meramente política! Contrário disso, deveríamos estar com os nossos joelhos dobrados e suplicando misericórdia por nós mesmos, pois deixamos os santos caminhos e nos enveredamos pelas masmorras deste mundo. A igreja deve ser, a todo custo, santa, tenha a estética ou matiz que tenha! Só então, o mundo que está apodrecendo por dentro e por fora, submergido nas trevas da imoralidade, sentirá o sabor do sal e poderá ver o farol que lhes guiará à fonte da vida eterna - Jesus! Saiamos desta estagnação, fujamos deste processo político virulento, e permitamos, como noiva de Cristo e anunciadora das boas novas, sair aos caudais deste mundo em busca dos náufragos do reino de Deus! É verdade que só há uma Nação, cujo Deus é o Senhor - Israel! Porém, tenhamos em mente que Deus amou ao mundo de tal maneira! Saiamos para salvá‑lo, e não reformá‑lo! Para reformá‑lo,  não nos movamos um palmo da posição que ele nos colocou: existe outra armadilha sutil à moda de Constantinopla; vem a caminho outro Cavalo de Tróia; estão chegando os emissários do rei da Babilônia; é outro conto de fadas da velha serpente! Subamos ao posto de espia; apanhemos as raposinhas que fazem mal às nossas vinhas; empunhemos as nossas enxadas e foices e digamos, nós dependentes, somos fortes! Queridos obreiros da Seara do Mestre, toquem forte a buzina em Sião, e digam: proclamai isto entre as Nações, santificai uma guerra, antes que seja tarde demais! Não haverá outra reforma; não haverá outro Martinho Lutero, não haverá outra Igreja de Sardes! O tempo se aproxima, a contagem é regressiva, pois como evocionou o pastor de saudosa memória, Paulo Leivas Macalão: o clarim já nos alerta, nosso coração desperta, pois a vinda é bem certa de Jesus; de mil anjos rodeados, para o crente preparado, Cristo volta coroado, aleluia!



 

Política

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, professor, escritor e conferencista.

Política, do grego politikas,  é a ciência e arte de governar povos. Politicagem, entretanto, é a habilidade de fazer política mesquinha e de interesse pessoal. A Bíblia não usa o termo, mas fala de política do começo ao fim. Na época de Abraão, Isaque e Jacó, o sistema de governo era Patriarcal. Os grandes clãs eram governados pelos respectivos patriarcas. Circunstâncias adversas, permitidas e dirigidas por Deus, levaram José à posição de Governador do Egito (Gn 45.4-8). No Êxodo e por toda a peregrinação de Israel no deserto, esse povo foi conduzido por Moisés; depois, durante a conquista da Palestina e por mais alguns anos, Josué foi o líder.  Então, por mais trezentos e cinqüenta anos, Deus usou os Juízes, lideres carismáticos que faziam as guerras de Israel e julgavam as causas do povo. O sistema de governo era Teocrático — Deus governando o seu povo através dos seus líderes. Samuel foi profeta e juiz. Ele conduziu Israel no período de transição entre a Teocracia e a Monarquia. Então vieram os reis Saul, Davi, Salomão, que determinram a sorte política da na­ção e muitos outros. Pelo pecado do Israel, o Senhor usou a política imperialista da Assíria e da Babilônia para os corrigir. No exílio, Daniel exerceu cargo de confiança na corte do rei Nabucodonosor, de Babilônia, e de Dario, da Pérsia. Depois do exílio, Neemias e Esdras fizeram política em Jerusalém, reconstruindo a cidade, combatendo os inimigos e empreendendo uma reforma religiosa. No Período do Silêncio, quatrocentos anos desde o último profeta do Velho Testamento até o começo do Novo Testamento, Alexandre, o Grande, estabeleceu o Império Grego. Os judeus na Palestina e noutras terras foram subjugados e duramente perseguidos. O Clã dos Macabeus, iniciou uma revolta, mas não deu muito certo, no fim. Mais tarde, o Império Grego foi superado pelo Romano.  Mas este, politicamente assimilou muito da cultura e língua helenista. Jesus nasceu no apogeu deste Império,  nos dias de César Augusto. Deus usou a estabilidade política desse império, seu veículo de comunicação e a língua grega para depressa estabelecer a sua amada igreja e difundir o seu precioso Evangelho. Alguns judeus querendo colocar Jesus em dificuldade, lhe perguntaram se deviam ou não pagar tributos a César, o Imperador Romano. Jesus, mostrando-lhes a moeda romana, com a imagem de César, disse-lhes: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17). Ali, Jesus ratifica, em forma definitiva,  a separação da igreja e o Estado! Em outras palavras: reconheçam as circunstâncias políticas em que vocês estão inseridos e as obrigações que lhes são impostas. Cumpram seus deveres para com o Estado, e também os seus deveres para com Deus. Uma coisa não exclui outra”. Ali, teocracia assume a forma  humanisticamente apolítica para dirigir os negócios de Deus aqui na terra! Paulo pregou acatamento e obediência às autoridades constituídas. Disse que estas são “ministros de Deus”  (Rm 13.1-6). Pedro ainda  recomendou sujeição às instituições políticas: “quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem” (1 Pe 2.13-14).  Tudo isto é política, exercida ou acatada.

 

O CRISTÃO E A POLÍTICA

Rogério Feital Portugal

Brasileiro, pastor, professor e missionário em Portugal.

Texto Áureo da Lição

 Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se. (Probérbios 28:12)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: MARCHEMOS SEM TEMOR, 241 da Harpa Cristã.

 

1. Governos exemplares
José - homem temente: Gn 41:14-44 , Gn 39.2,21,23.
Esdras - homem fiel: Ed 7:10;7.25 ; 8:22.
 Neemias - homem de renúncia: Nm 2 ; 7:2,3 ; 13:5-9.
2. A Igreja e o Estado
Uma instituição divina: Gn 1:18-24; Mc 10:6-9; Hb13:4.
Um organismo vivo: Mt 16:18 , 1 Pd 2:9,10 , Hb 13:17.
 Uma organização civil: Rm 13:1-7 ; 1 Tm 2:1-3.
3. Focando a prioridade do cristão
Investir  na pátria celestial: Mt 6:33; Cl3:1; Jo 6:27 .
Ser representado dos céus: Mt 5:13 ; 2 Co 5:20; Ef 6:20.
Cumprir a vontade de Deus Gl 1:16.

 

Texto da Lição:

 

Romanos 8:17; Hebreus 11:13; Provérbios 28:12,28

  Romanos 8:17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

Hebreus 11:13 Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

Probérbios 28:12 Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se. 28 Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam.


(ARC)