O Ídolo EU!

"Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me" (Mateus 16.24).  A História da Índia nos conta que Mamude, de Ghazni, triunfou sobre as dinastias locais, estabelecendo a sua autoridade e domínio até o norte da Índia. Ele era um homem extremamente ganancioso, portador de uma avidez excepcional e um predador invasor, porém, um notável chefe militar. Uma das façanhas praticadas por Mamude era a de destruir todos os ídolos encontrados em cada cidade que conquistava. Chegou o tempo em que sitiou a grande cidade de Gujarate. Rompendo entrada no mais suntuoso santuário dos brâmanes, viu-se à frente de um gigantesco ídolo que media aproximadamente cinco metros de altura. Ordenou imediatamente que o ídolo fosse destruído. Ao ouvir tão absurda ordem, os sacerdotes brâmanes do templo imploraram, prostrados aos pés de Mamude, que não destruísse o seu deus porque dele dependia o progresso e a ventura daquela cidade. Mamude porém, depois de uma rápida pausa, encarando os sacerdotes, declarou que preferia ser conhecido como destruidor a vendedor de ídolos. Dizendo isto, arremessou em seguida o seu machado de guerreiro contra a fria imagem. Seus soldados o acompanharam e em poucos momentos o ídolo estava reduzido a pó. Durante a destruição, eles verificaram que o ídolo era oco e que no seu interior haviam sido escondidas milhares de pedras preciosas. Essas pedras foram caindo aos pés do desbravador à medida que destruía o ídolo. O nosso ego — nosso EU—  é semelhante a esse ídolo, julga nunca precisar de ninguém. Ele se julga superior ao ponto de desprezar todos aqueles que se aproximam. Ele suplica prometendo que, se o deixarmos intacto, terá recompensas fantásticas para nos deleitar a qualquer momento e em qualquer circunstância. O EU, esse ídolo desprezível, passará anos e anos até, quem sabe, toda uma vida tentando escapar das mãos do Senhor. Entretanto, se deixarmos de dar atenções à sua capciosa súplica, isto é, se renunciarmos à vontade e aos caprichos do nosso EU, entregando-o à completa destruição, é que vamos descobrir o verdadeiro tesouro que enriquecerá as nossas vidas. Quando destruido, preciosas jóias, do mais alto valor, cairão aos pés daqueles que aprendem o segredo de renunciar por amor de Cristo. ( Isaías 45:3).

Honra

Os estudos sociológicos declaram que este é um valor pivô nas sociedades antigas. Como um nome, honra traz idéia de estima, respeito ou boa reputação. Honrar é reconhecer com palavras ou ações o valor de alguém. Honrar aos pais (Ex 20.12), entre outros, envolve providenciar para eles o sustento em suas necessidades materiais, para que a pobreza deles não lhes seja motivo de vergonha. Honrar também pode significar premiar alguém com os devidos sinais de respeito (2 Cr 16.14; Et 6.8-11). Os antigos viam todas as ações e interações humanas como ocasião para dar honra, ou seja, elevar o valor de alguém aos olhos públicos. "a quem honra, honra" ensinava o apóstolo Paulo aos romanos. A Bíblia Sagrada está repleta de ensinos acerca daqueles que são dignos de honra. Aprende-se das Escrituras que devem ser honrados os pastores, os profetas e os obreiros que se ocupam na obra do Senhor. A demonstração da verdadeira honra, não hipócrita ou interesseira, orquestra ação de destaque dentro da Igreja, onde todos são honrados (Rm 12.10)! Sem nenhuma dúvida, é grande a alegria de um trabalhador que é honrado pelo seu empregador, ou de um filho que é honrado pelo seu pai, mas não há maior alegria do que a de um crente em ser honrado pelo próprio Deus como foi Jó (1.8) e como em breve será a Igreja "Ao que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus..." Ap 3.12. Por toda honra seja sempre Deus glorificado!