Fort Lauderdale, Florida, 14 de Outubro de 2001 Ano IX  Nº 42


 

Graça Inefável!

Rev. Eronides DaSilva U.S.A.

Brasileiro,  pastor, professor, conferencista e escritor.

"A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". (1 Co 12:9). Em seu livro “A síndrome de Aquiles”, o jornalista Mário Rosa faz reflexão sobre sua experiência no inferno das crises que arrastam consigo aquilo que é mais precioso nas pessoas públicas: a reputação. Mas, também, deixa claro que todos estão vulneráveis neste mundo globalizado, onde o privado se torna objeto de todos. Reconhecemos que todos temos um calcanhar de Aquiles, que tocado pode ocasionar uma súbita inversão de valores, uma destruição de imagem. E isto pode acontecer com as melhores famílias, ministérios, personalidades públicas ou clericais. Quando acontece um incidente triste, decepcionante entre os evangélicos, por exemplo, infelizmente observamos que a postura contra estes se limita à crueldade e a um feudalismo sem fim. Sem fim porque são marcas que perseguem a vítima até o apagar de suas luzes! Mas, em nome da moralidade e bons costumes, o ostracismo é o melhor lugar para a vítima, para aquele que erra. Não desejo defender a graça irresponsável que significa justificação dos pecados, e não do pecador. Deve existir por parte dos vitimados um arrependimento sincero e leal diante do Deus das misericórdias, do perdão e do amor. Um Deus que não se decepciona com os nossos pecados, embora se entristeça, pois sabe que somos pecadores em potenciais, podendo falhar a qualquer momento. Sabe ele que fazemos o que já foi produzido em nossos corações, pois aos grandes homens os grande erros! Quão bom seria se os ministros do Evangelho, as instituições e denominações fossem repletas da maravilhosa graça, que vai ao encontro do pecador nos momentos que ele mais necessita! No entanto, será que compreendemos que todos somos iguais, sujeitos a todas as assertivas humanas ou diabólicas? Há entre os líderes evangélicos e igrejas o discernimento real a respeito da graça e sua manifestação? Pois, quando olhamos às nossas ribaltas eclesiásticas, constatamos, irrefutável, de que estamos distantes de vivenciarmos o que entendemos ser a graça de Deus. O tradicionalismo e o condicionamento nas instituições evangélicas têm conduzido seus membros a se classificarem numa certa escala de pecados: uns para morte, outros para sustentação do status quo. Pergunto, será que esta graça inefável e Divina realmente nos basta e nos satisfaz como entoamos em nossa tradicional liturgia? O texto em apreço diz: basta! Nesta perspectiva posso assegurar que não existe imagem destruída. Não há integridade manchada para sempre, aleluia! Talvez, só na forma de agir da igreja que sofre os males de uma sociedade em decadência. Parece-nos que há um processo dinâmico na graça que age no homem fraco, com a imagem moral e sentimentos afetados. Em meus anos de ministério, lidando com igrejas de diversificada composição étnica, tenho percebido duas possibilidades: a primeira, é que a graça — a ação dinâmica de Deus, se agiganta no homem à medida que ele precisa de restauração e força. A segunda premissa, é que quanto maior for a fraqueza do homem, quanto mais catastróficas forem as rupturas e as erosões da sua imagem enquanto servindo a Deus, mais a graça é refletida em sua vida e evidenciada para o mundo. É na fraqueza que a graça restauradora é sentida em todas as esferas, fazendo do moribundo um exemplo de credibilidade e invejável integridade! Minha oração e voto é que as nossas Assembléias de Deus não sejam agências de inquisição, detentoras de toda pureza e saber, mas que tenham a coragem e ousadia de ser objeto e veículo, por excelência, da inefável graça de Deus!

Nascimento

Vania DaSilva U.S.A.

Brasileira, missionária, professora e membro da Diretoria.

Gennesis (grego) gerar, produzir, conceber. Hoje, como nos tempos antigos, o nascimento é uma ocasião muito importante. O primeiro mandamento de Deus para Adão e Eva foi o de frutificar, multiplicar e encher a terra (Gn 1:28). Para os judeus, este mandamento era de suma importância e privilégio. Ao se casar, a familia da esposa pronunciava uma bênção sobre ela, e lhe desejava que tivesse muitos filhos (Gn 24:60; Rt 4:11,12). Os filhos não somente eram considerados como possessão, mas também como herança (Sl 127:3). Em uma simbologia, o salmista compara os filhos como plantas de oliveira (Sl 128:3) e como flechas na mão do valente (Sl 127:4). Segundo a Bíblia, a vida começa no ato da fecundação (Sl 139:14-16; Jr 1:5). As parteiras davam assistência ao nascimento (Gn 35:17), principalmente se fossem gêmeos para identificar o primogênito (Gn 38:28). O cordão umbilical era cortado, e a criança então era limpa com água, esfregada com sal e envolta em panos (Ez 16:4). A mãe era considerada ritualmente impura por um período de 40 dias, se desse luz a um menino; e por 80 dias, se a uma menina. As Escrituras relatam sete mulheres que eram estéreis, e que receberam de Deus a bênção de conceber: Sara, Rebeca, Raquel, esposa de Manoá, Ana, Sunamita e Isabel. Porém, de todos os nascimentos, o mais precioso foi o do nosso Senhor Jesus, o qual foi anunciado pelos profetas e finalmente cumprido, a fim de que hoje pudéssemos ter vida com abundância e sermos participantes e de sua glória.

O Novo Nascimento

Manuela BarrosU.S.A.

Brasileira, professora e Diretora do Evangelismo.

Ouça a mensagem da semana no Púlpito!

Texto Áureo da Lição

Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
(João 3:3)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: JESUS ME LEVANTOU — 435 da Harpa Cristã.

 
1. O Alcance do Novo Nascimento
 
O que está destinado à morte - condenado: Lc 23.40-42; Jo 8.4,5,10.
O que  pensa estar vivo - enganado: Jo 3.1-4; 4.19,20; At 10.1-6.
O que vive como morto - em pecado: Ef 2.1-5; Gl 5.19-21; At 8.19-23.
 
2. O Imenso Projeto do Novo Nascimento
 
Planejado pelo Pai: Jo 3.16; Gn 3.15,21; Rm 11.32; Ef 1.3-5.
Executado pelo Filho: Fp 2.7,8; Jo 19.30; Mt 26.26-28.
Mantido pelo Espírito Santo: Jo 16.8,13,14; Ef 1.13,14; Rm 8.14-16.
 
3. Os Três grandes milagres do Novo Nascimento
 
A Justificação: 2 Co 5.21; Rm 5.1; Tt 3.3-7.
A Regeneração: Rm 6.6,10,11; 2 Co 5.17.
A Adoção: Jo 1.12,13; 1 Jo 3.1,2; Gl 4.4-7.
 

Texto da Lição:

 

1 Pedro 1:3-9,18,19,23

 

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 9 alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.
18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, 19 mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, 23 sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.

(ARC)