Fort Lauderdale, Florida, 23 de Setembro de 2001 Ano IX  Nº 39


 

O Pesadelo Americano!

Eronides DaSilva U.S.A.

Brasileiro,  pastor, conferencista, professor e articulista.

Na manhã de terça-feira, onze de Setembro de 2001, acordei com um sentimento que a Terceira Guerra Mundial —  Primeira Guerra do Fim — já havia começado (Ezequiel 38:1-12). Os dois edifícios, World Trade Center — os gêmeos, plantados no coração de Nova Iorque, haviam sido explodidos! A princípio, olhando as notícias da televisão, pensava se tratar de uma implosão técnica proposital ou um acidente causado por um amador. Estava equivocado! Alguns fanáticos, membros de células política-religiosas, e comandados por patrocinadores em países contrários à democracia americana, ao Judaísmo e ao Cristianismo, os destruíram. As 6.500 vidas inocentes brutalmente ceifadas, representam o maior genocídio da história moderna dos Estados Unidos! A humilhação do primeiro país do mundo, juntamente com os demais sessenta representados por suas vítimas, a maioria deles, engenheiros, médicos, executivos, técnicos em ciências exatas e humanas, secretárias e servidores, chocou-me! Vivi um real pesadelo! Meia dúzia de fanáticos, usurpando a nossa tecnologia e bem-estar, hospedando-se no paraíso do Sul da Flórida, portando simples armas brancas, passaram indeléveis pela segurança dos nossos aeroportos domésticos. Em pleno vôo, renderam a tripulação e mataram os pilotos, comandaram as naves e se dirigiram para o mergulho suicida fatal contra os edifícios gêmeos, símbolos da grandeza tecnológica e prosperidade americana! O atentado terrorista que destruiu os dois edifícios World Trade Center, e com eles, mais seis vizinhos, e parte do Pentágono, fez-me lembrar que nem o nosso cinturão de defesa contra mísseis nucleares, nem o simples programa popular anti-terrorista, nos protegerá destes horrendos pesadelos ou infernos terrestres, mas unicamente o fato de voltarmos, arrependidos, a depender de Deus, como Nação e como igreja! A nossa casa ficou vulnerável, e a América dos anos setenta que conheci, não existe mais. Sinto saudades dos supermercados e bancos que não possuíam câmaras de vigilância; das lojas que nos cediam a mercadoria sem se preocuparem com a apresentação do cartão de crédito; das mercadorias expostas nas calçadas; das Escolas Dominicais que nos faziam lembrar os antigos acampamentos, onde densa era a glória de Deus; dos pregadores que transpiravam santidade por dentro e por fora; dos programas de televisão sadios, que podiam ser assistidos com os menores da família; dos chefes públicos que zelavam pela Constituição e pelas verdades exauridas das Escrituras Sagradas; das orações feitas em cada escola pública, no início de cada aula! Hoje, para nossa tristeza sepulcral, a maioria dos nossos templos tornaram-se em plataforma de entretimento evangélico, onde o cantor e o pregador tornaram-se num ícone; as heresias dos diferentes credos tomaram forma religiosa oficial; os negócios das nossas empresas tornaram-se amorais; a mentira não faz mais os negociantes, os políticos, os clérigos, os presidentes e governadores ficarem com suas maçãs coradas; as convenções não mais traçam linhas demarcatórias doutrinárias, mas sim políticas; as ribaltas dos tele-evangelistas, mudaram de um ministério para ganhar e discipular almas, para um meio espúrio de angariar fundos e atenuar as síndromas emocionais dos milhares que andam à vândalo neste imenso país! As nossas fronteiras estão desprotegidas e nossos corações sangrando. Temos medo, trememos por dentro e por fora! "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela", ainda é a nossa esperança! Sim, devemos urgentemente voltar para Deus como Nação, mas sobre tudo como igreja! Como igreja não temos dado um bom exemplo a esta Nação, como fizeram os nossos ancestrais: nós nos transformamos em políticos, engajados em negócios, e obstinados pela fama e poder. Ao invés de apresentarmos ao mundo um cristianismo talhado na simplicidade do Evangelho, nos tornamos, em todo o sentido, mais mundanos do que os do mundo! A Nação tornou-se tolerante ao homossexualismo, ao ateísmo, ao eufemismo, ao misticismo, à pornografia, à política interesseira  e ao racismo porque nós nos acomodamos a este vil estilo de vida! Lavamos nossas mãos! A nossa glória fugiu de nós como a água flui pelas nossas mãos! No entanto, e para o nosso pesar, quando acontece uma tragédia como esta ao nosso povo trabalhador, inocente e de boa índole, convenientemente mudamos as nossas vestes, bronzeamos as nossas faces e, assentados irresponsavelmente com os mentores religiosos do Islamismo, Budismo, Catolicismo, Judaísmo, Hinduísmo, Mormonismo, Jeovismo e, olhando para este mar de vitimadas criaturas, pedimos que orem, façam vigílias, tomem momentos de silêncio, acendam velas e jejuem! Uma lástima, uma vergonha! Nosso sal a muito não oferece mais sabor ao mundo; nossa luz não brilha mais o trajeto de nossa Nação! Deus abençoe a América, Deus guarde a sua amada igreja, pois, “e se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2Crônicas 7:14)!

A Vida Cristã

Maria Aparecida Ghigliotty U.S.A.

Brasileira, seminarista e professora da E. Dominical.


A vida cristã é revelada através das virtudes caracterizadas na pessoa de Jesus, no seu ministério e nos seus ensinamentos. Essas virtudes são evidenciadas no dia-a-dia da vida do próprio crente e no seu relacionamento com os demais. Com relação a fé, o cristão a expressa através de sua submissão e obediência: 1) A Deus - Esse exemplo nos deixou Jesus, pois sendo ele em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz. 2) A Cristo - De igual maneira devemos submeter-nos a Ele para que possamos ser aperfeiçoados e cumprirmos a sua vontade (Hb 11:20,21) e seus propósitos (1Pe 1:9). 3) A Palavra - Para manifestação do seu poder (Lc 5:5); para dar direção espiritual até o dia de nossa redenção (Sl 119:105). A Bíblia é a regra de fé e prática de cada cristão. 4) O cristão, também, é exortado a ser obediente e fiel, pela virtude moral, aos seus líderes eclesiásticos, os quais devem ser imitados (Hb 13:7,17); aos governos (1Pe 2:13,14); e aos senhores (Ef 6:5,6). No relacionamento social, o cristão tem muitas oportunidades para expressar, através de suas ações, a condição de um coração cheio de amor, pureza e compaixão. Através do amor fraternal ele é distinguido como verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13:34,35). Sem a prática desse amor, tanto os dons espirituais como a realização de boas obras perdem seu valor (1Co 13). A hospitalidade é uma grande oportunidade para servir a igreja. Deixar de exercitá-la pode revelar ausência de vida espiritual, pois, essa atitude é repleta de alegria na ação de quem dá com prazer. Ela não está restrita unicamente aos irmãos na fé, mas também se aplica aos estranhos (Hb 11:2); aos pobres (Lc 14:13), e até mesmo aos inimigos (Rm 12:20). Na prática da beneficiência está inserido o exercício da compaixão, pela qual o crente se identifica com os maltratados e encarcerados, seja pela dor (a viúva de Naim); pelos demônios (o gadareno); pela aplicação das leis humanas (Hb 13:6,16); ou na ausência de recursos humanitários (Mt 14:16). Nessa área ele compartilha os seus bens com os necessitados, evangeliza os perdidos e o nome do Senhor é glorificado. Na sua vida familiar o cristão recebe o mandamento de velar pelo bem estar de sua família e pela santidade do seu casamento, não desprezando os ensinamentos do Senhor (Hb 13:4; Ef 5:3; Cl 3:5). Além do respeito e da consideração mútua, Deus exige o leito sem mácula. O cristão deve sempre lembrar que ele é o sal e a luz do mundo. Ele deve analisar sempre todas as áreas de sua vida à luz das Escrituras, porque ele é uma carta aberta que deve ser de benção e edificação (Rm 14:13,19). Caso contrário, ele é amaldiçoado por Deus. "E disse aos discípulos: É impossível que não venha escândalos, mas ai daquele por quem vierem! ...Olhai por vós mesmos" (Lc 17:1,3a).

Perseverança na Fé e Santidade

João Luís CabralU.S.A.

Angolano, Diácono e Diretor Departamento de Música.

 

Texto Áureo da Lição

Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, (Hebreus 12:1).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: DE VALOR EM VALOR — 186 da Harpa Cristã.

 

1. Três Manifestações de Fé no Homem

  • Fé ofuscada — nas obras: At 17:22,23; Mt 6.2,5; 5:20.
  • Fé mal dirigida — na mente: Pv 26:12; At 10:1,2,34-48; 2:38.
  • Fé genuína — no coração: Rm 10:17; Hb 11:17,18; Gn 22:1-13; Rt 1:16,17.

2. A Santidade na Vida do Crente

  • Na conversão — hagios: Tt 3:3-7; 2 Co 5:17; Rm 3:23,24.
  • Na vida diária — hagiasmos: 1 Jo 3:3; 1 Tm 4:5; 1 Pe 1:13-16; 1 Jo 1:7.

  • Na vida total do homem: 1 Ts 5:23; Hb 10:22; 1 Jo 3:9; Rm 8:22,23.

3. Como Perseverar na Fé e Santidade

  • Vivendo uma vida devocional eficaz: Cl 3:1-3,16; Sl 1:1-3; Ef 6:18; Et 4:16.
  • Combatendo o nosso inimigo: Gl 5:16,17; 1 Jo 2:15-17; 5:9; 1 Pe 5:8,9.
  • Preservando-se como igreja: Cl 1:3-6; Hb 10:24,23; Rm 8:18.

Texto da Lição:

 

Hebreus 12:1,2,6-8,12,13

 

1 Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de
testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. 6 porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos. 12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, 13 e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
(ARC)