Fort Lauderdale, Florida, 02 de Setembro de 2001 Ano IX  Nº 36


 

Sarna Pega!

Jorge Linhares Brasil

Brasileiro,  pastor, articulista e professor.

Quem ministra no altar não pode ser sarnento. E como identificamos o sarnento? Ele vive se coçando. Está o tempo todo incomodado. E pior: Seu mal é contagioso. Sarna pega. O sarnento é aquele que, quando triste ou inconformado com alguma coisa, tenta contaminar os outros com suas frustrações. Quando insatisfeito com alguma coisa, não sossega enquanto não passa sua insatisfação para outros. Começa a se coçar, e logo outros estão se coçando também. Coça daqui, coça dali, até espalhar o seu mal. Alguém elogia o pastor diz que ele é uma bênção em sua vida. E o que faz o sarnento? Se não gosta do pastor, ao invés de ficar calado, diz: "Pois um dia procurei-o para um conselho, e ele não teve tempo para mim". Se não puder ajudar, fique quieto, calado, não passe sua sarna. para outro. Deixe o outro continuar orando e abençoando o pastor. E alguém diz que o culto foi um bênção, o sarnento replica: "Foi nada, não gostei do louvor." Outro declara todo animado: "Deus me abençoou e por isso dei uma oferta para a igreja." "Cansei de ofertar e não vi retorno algum. Não adiante a gente ser fiel", responde o sarnento. "Passei no vestibular para letras." "Em letras todo mundo passa; queria ver você passar em primeiro lugar para medicina!" Sarna pega. Muitos vão passando adiante o seu mal. Vão espalhando o que têm de ruim. Vão contaminando a todos com a sua coceira. Se tomamos conhecimento de uma má notícia, se algo não nos agrada, não saiamos por aí espalhando nossa coceira. Não tentemos contaminar os outros. Isto é papel de cachorro doente. Se estamos insatisfeitos com alguma coisa, guardemos para nós; oremos para que Deus nos limpe da sarna! Alguém não nos honrou? Não encheu nossa bola? Fiquemos calados. Irmão passei pelo pastor e ele não me cumprimentou." Sarnento!! Não espalhemos animosidade.  Não levemos o outro a começar a se coçar. Certa vez ouvindo um pregador, fiquei encantado como seu conhecimento bíblico. E virando-me para o regente do coral, sentado ao meu lado disse: "Que maravilha. Esse homem entende de Bíblia, hein?" "Conhece nada, ele está chutando todas."  Quer dizer que é chute? Pastor chuta assim também?" Eu, na ocasião novo convertido, murchei todo. A sarna dele passou para mim. Foi como se me joga-se água fria. A próxima referência que citou, corri e localizei. Bateu em cima. Decidi nunca mais sentar-me ao lado daquele sarnento. O sarnento não se conforma em se coçar sozinho; quer ver todo mundo se coçando. "nenhum homem que tiver sarna se chegará para oferecer o pão de Deus." (Levítico 21:18,20,21).

Sacrifício

Vania DaSilva U.S.A.

Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja.

Os sacrifícios e ofertas eram os elementos físicos pelos quais, o oferente trazia a Deus para expressar sua devoção, gratidão ou necessidade de perdão. Algumas nações antigas tinham o costume de oferecer sacrifícios aos seus deuses, mas não com o significado ou propósito que Israel. Vários personagens bíblicos ofereceram sacrifícios ao Senhor, como Abel, Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó, Salomão, e outros mais. No entanto, o sistema sacrificial organizado baixo à Lei entrou em vigor a  partir do êxodo. O sacrifício exigia uma vítima, sangue derramado sobre o altar. Ao homem pecar no Éden, o preço de sua queda foi a morte. Desta feita, para o homem chegar-se a Deus era necessário que uma vítima, limpa e purificada de ofensas, fosse oferecida em substituição. Sangue de bois, ovelhas, carneiros, bodes, cabras, pombas e rolas eram oferecidos diante de Deus para  perdoar as ofensas da carne (Hb 9.13,14). O pecado do ofensor era perdoado através de sua fé depositada naquele símbolo que apontava para o Cordeiro de Deus, que havia sido imolado antes da fundação do mundo, mas que haveria de ser revelado na "plenitude dos tempos". A lei estabeleceu, com certas particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os judeus deviam efetuar. As ofertas eram tomadas tanto do reino vegetal, chamadas de ofertas sem sangue (farinha, trigo torrado, bolos, e vinho), como do reino animal. Com as ofertas sem sangue, era também costume oferecer as ofertas de libação, ou seja, vinho ou azeite eram derramados perante o Senhor (Gn 35.14; Nm 28.14; Fp 2.17). Além dessas ofertas, usava-se também o sal, que era emblema de pureza. Os animais oferecidos deveriam ser sem mancha (defeito), e não podiam ter menos de 8 dias ou acima de 3 anos. Nunca eram oferecidos peixes, e os sacrifícios humanos eram expressamente proibidos (Lv 18.21). Pela Lei, o oferente deveria se purificar primeiramente (Ex 19.14), e depois levar a vítima para o altar. Voltado então para o santuário, punha  a mão sobre a cabeça do animal, o qual era depois imolado geralmente pelo sacerdote (2Cr 29.23,24). Morta a vítima, o sacerdote tomava o sangue em uma bacia e depois o espargia sobre o altar. O animal era cortado em pedaços pelo oferente (Lv 1.6), sendo a gordura queimada pelo sacerdote (Lv 7.31). Em algumas ocasiões a vítima era levantada pelo sacerdote e movimentada - a Bíblia denomina este ato de apresentação ao Senhor como oferta de movimento (Lv 8.27; 7.30). O oferente não deveria oferecer o que não lhe custasse; parte dos seus bens era transferido para Deus (2Sm 24.24). Haviam cinco tipos de ofertas oferecidas a Deus. Essas cinco ofertas poderiam ser divididas em duas classes: as ofertas de cheiro suave (Holocausto, Manjares e Pacíficas) e as ofertas pelo pecado (Transgressão e Pecado).

A Eficácia do Sacrifício de Cristo

Manuela BarrosU.S.A.

Brasileira, professora e diretora do Evangelismo.

 

Texto Áureo da Lição

Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.  (Hebreus 10:1)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: JESUS ME LEVANTOU! — 435 da Harpa Cristã.

 

1. Resultados adquiridos

  • Perdão: Mq 7:19; Is 43:25; Mt 9:2,6; Hb 10:17,18; 1Jo 1:9.
  • Santificação: 1Co 6:11; Hb 10:10; Ef 4:22-24.
  • Transformação: 2Co 5:17; Rm 11:24; Mc 5:15.

2. Privilégios adquiridos

  • Comunhão: Hb 10:19; Jo 15:15; Ef 4.20,21.
  • Identidade: Hb 2:11,17; 1Co 1.2; 12.12,27.

  • Herança: Jo 14:3; Fp 3:20; 1Pe 1:4.

3. Vitórias adquiridas

  • Contra o mal: 1Co 15:24; Cl 2:14,15; Hb 2.14.
  • Contra a morte: Rm 6:9; 1Co 15:26, 54,55; Jo 10:17,18.
  • Contra a condenação eterna: Jo 10:28; Rm 8:1,2,34.

Texto da Lição:

Hebreus 10:1,3,4,9-12,14,19,22-25

1 Porque, atendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos
mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4 porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados. 9 Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. 10 Na qual vontade etemos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. 11 E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; 12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, 14 Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados. 19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu. 24 E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, 25 não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.
(ARC)