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Fort Lauderdale, Flórida,  06 de Maio de 2012 Ano XX  Lição Nº 19


 

PARÁBOLAS DE JESUS — CEIA DAS BODAS

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Texto de Referência: Mateus 22.1-14; Lucas 14.16-24 — Após os insistentes apelos de Jesus aos líderes e a nação, através de várias outras parábolas e confrontações, ele chegou a conclusão irreversível, que aos céus muito custou: “Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21.43). O projeto milenar do Reino Messiânico por um hiato foi posto de lado; a comunicação não mais foram abertas, e sim por parábolas e inigmas; os líderes abertamente se tornaram seus inimigos, e ninguém mais o encarava com a doçura de antes. A pesada hora chegou da prorrogação da oferta do Reino, sua transferência para outro povo e, mais uma vez, o pesado julgamento sobre os descendentes de Israel. A fim de ilustrar o trauma e frustração ocorrido pelo desdém dos convidados — Israel, Jesus propôs a parábola da Ceia das Bodas. Nela, os convidados após insistentes apelos, partiram para seus afazeres no campo, no negócio, na família e na cidade, deixando não somente o banquete preparado a se perder, mas a honra do rei em jogo. Se os filhos legítimos rejeitaram, que seria dos enteados? Jesus afirmou incólume: “o reino de Deus vos será tirado! Jesus está a apenas dois dias para subir ao Monte Caveira. Dois enormes desafios pairam a sua frente: a suspenção da eleição temporária de Israel ao Reino Messiânico, e a sua respectiva substituição por outra nação, que pouca experiência tinha com ela. Depois da frustrante rejeição pela primeira, será que a segunda, menos favorecida aceitaria o convite das bodas? Caso de pensar, com certeza! Nesse torvelinho emocional, Jesus se lembra de um casamento na cultura oriental, e bombardeia a multidão com essa cativante símile! Nesse costume, o convite para as bodas de um determinado nubente, era enviado doze meses antes de sua realização. O que significava bastante tempo para os convidados se prepararem. E, além disso, era costumário do dono da festa, o pai do filho, fornecer vestes especiais para todos os convidados. O último, e o mais cheio de gala, era enviado aos já convidados com todos os detalhes da festa, inclusive o cardápio! Para esse grande banquete, a ter lugar na inauguração do Reino Messiânico — Reino dos Céus, os profetas que vieram antes de Cristo, inclusive João Batista, tinha esforçadamente feito o convite à Israel e aos seus líderes: “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19.9). Passados os doze meses, como de costume, o segundo convite foi promulgado, iniciando pelo próprio Jesus e os demais apóstolos — “...e ser-me-eis testemunhas, tanto em [primeiro] Jerusalém como em toda a Judéia e [segundo] Samaria, e até aos confins da terra (At 1.8); "...não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10.5-6). Infelizmente, eles não somente recusaram ao convite, mas mataram a muitos dos que foram enviados à eles, inclusive João, o primo de Jesus! Uma crueldade e insanidade que o Pai não pôde suportar! Trocaram o Filho — o Noivo, por um ladrão; por 30 moedas de prata; por um lugar ao lado do Governador da Judéia; e uma mirada delirante no dedo fétido e em ristes de Herodes, o Tetrarca! Por outro lado, não somente o caminho agora tornou-se estreito, mas a punição dos criminosos dos anunciadores de Boas Novas foi inevitável — “E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.” (Mt 22.7); “e nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim” (1 Ts 2.16). Quarenta anos depois, no ano 70 a.D., Jerusalém foi pulverizada, e mais de um milhão e meio tiveram suas vidas ceifadas pela cavalaria do generalíssimo Tito. O ouro do templo, liquefeito, escorreu pela Porta do Monturo em direção ao Vale da Gehenna! Sim, o caminho e a porta do banquete ficaram estreitos, e o Rei ao adentrar no salão nobre do banquete, vislumbrou um convidado que não estava vestindo a roupa a ele oferecida, e disse: “e disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores [Hades]; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.12-13). Hoje, a graça de Deus já se estende por mais de dois mil anos e, todavia, os convidados ainda estão aceitando ao convite do Rei, não somente para adentrarem à Ceia das Bodas do seu Filho Jesus, mas pertecerem ao Reino de Deus por antecipação! Enquanto outros são convidados, judeus ou gentios, às Bodas, cuidemos com muito esmero de nossas vestes santas, oferecidas pelo Rei — “Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida” ( 2 Co 5.4).

 

T I AT I R A

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC -EUA


Quarta igreja da Ásia Menor, a quem Jesus escreve sua mais extensa carta através da pessoa do Apóstolo João, quando em sua prisão na Ilha de Patmos. O nome Tiatira significa sacrifício continuo, e estava localizada a 66 km do Mar Egeu, em um corredor que ligava os Vales Hermes (Filadélfia e Sardes) e Cáico (Pérgamo). Entre os anos 301-281 a.C., Seleuco Nicator estabeleceu uma colônia de macedônios e a chamou de Tiatira. Foi construída para ser uma cidade-sede de guarnição militar. A cidade existia anteriormente com o nome de Pelópia e de Euipia. Existia em Tiatira um magnífico templo dedicado a Diana e Tirimânios, mas a principal divindade da cidade era Apolo, para quem eram realizados rituais e cultos pagãos. Era também o lar de Jezabel, a mestra notória e influente que de maneira aberta apoiava a vida imoral dentro da Igreja, a quem Cristo decretou severo juízo (Ap 2.20-23). A importância de figuras femininas na cultura religiosa da cidade pode ter facilitado o trabalho de Jezabel, a qual seduzia os discípulos e incentivava a idolatria e a prostituição. Tiatira foi um importante centro industrial e comercial entre as regiões de Lídia e Mísia, na época em que o livro de Apocalipse foi revelado. Era também a sede de um grande número de guildas ou associações de mercadores que trabalhavam com vários metais, com cerâmica, com produtos têxteis, mas que se notabilizou pela indústria de tecidos tingidos em púrpura, a qual era extraída da raiz de uma planta que crescia em Tiatira e em Sardes. Essas associações ou sindicatos costumavam realizar banquetes que incluíam alimentos oferecidos aos ídolos e eram seguidos de práticas imorais. Parece que esses costumes da cidade foram aceitos e praticados por alguns da Igreja, especialmente por uma mulher que se dizia profetiza, chamada Jezabel, cujo nome significa casta (Ap 2.20). Contudo, havia um remanescente fiel na Igreja que não se dobrava a essa abominação, e por isso Jesus adverte: “...a todos quantos não teem esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga não vos porei.” (Ap 2.24). Junto ao centro de Akhissar atualmente, se encontram restos arqueológicos da antiga cidade de Tiatira, que inclui fragmentos de colunas e de edifícios. A Bíblia faz referência sobre Tiatira no livro de Atos, quando relata a história de Lídia, uma vendedora de púrpura, natural de Tiatira, que servia a Deus. Após ouvir o discurso de Paulo junto ao rio, foi batizada junto com sua família, e abriu as portas de sua casa para receber o apóstolo, juntamente com Silas e Lucas (At 16.13-16). Não se sabe ao certo, mas é provável que a conversão de Lídia e sua família, tenha dado início a Igreja em Tiatira. Esta Igreja é elogiada por Jesus pelas suas obras, seu amor, seu serviço, sua fé, sua paciência, e que suas últimas obras eram mais do que as primeiras (Ap 2.19). Entretanto, como escreve o pastor Claudionor de Andrade: “Ao contrário de Éfeso, a igreja em Tiatira fizera-se conhecida pelo amor. Sua imperfeição não estava em amar os maus; residia no aquiescer ao mal. O amor que tolera o erro, ainda desconhece o que é certo. Deus ama o pecador, mas odeia o pecado” (1 Co 13.6,7). No estudo dispensacional das Igrejas da Ásia, Tiatira prefigura a Igreja Sacrílega que vai do ano 590 – 1517, quando se estabeleceu o sistema papal universal. Nesta época foram introduzidas na Igreja inúmeras apostasias e práticas abomináveis às Escrituras, como a infabilidade papal, a mariolatria, penitências, indulgências e o purgatório, cujo objetivo era anular o sacrifício e obra redentora de Cristo. Aos fieis de Tiatira Jesus faz uma promessa: “Ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações. E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã” (Ap 2.26-28).

 

TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

 

Texto de Memorização
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? " (2 Co 6.14,15).


  1. O DEUS SOBERANO DA IGREJA DE TIATIRA
  O Pai, o que aprovou a Igreja de Tiatira: At 2.47; 2.19
  O Filho, o que comprou a Igreja de Tiatira: Ap 5.9; Ef 1.7; 1 Pe 1.18
  O Espírito Santo, o que guardou a Igreja de Tiatira: Zc 2.5; Mc 13.11
  2. AS OBRAS CONTESTÁVEIS DA IGREJA DE TIATIRA
  Uma igreja politicamente correta: At 13.1; Ap 2.20
  Uma igreja socialmente correta: Jd 1.12; 2 Co 8.14-15; At 3.3-5
  Uma igreja espiritualmente incorreta: Gl 3.1-3; Ap 2.21; 2 Jo 1.10-11
  3. AS OBRAS APROVADAS DA IGREJA DE TIATIRA
  Uma igreja onde nunca faltou o amor: 1 Co 13.6,7; 1 Pe 1.22
  Uma igreja onde nunca faltou a fé: Gl 3.11; 1 Jo 5.4
  Uma igreja onde nunca faltou o serviço: Fp 1.4-7; Cl 3.24



Apocalipse 2.18-25 (ARC)



18 - E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente:
19 - Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
20 - Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
21 - E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.
22 - Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
23 - E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os coraçöes. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
24 - Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei.
25 - Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.





 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

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A Polêmica do Dízimo

Editoração. Vania DaSilva

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Revisão. Manuela Barros

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