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Fort Lauderdale, Flórida, 22 de Maio de 2011 Ano XIX  Lição Nº 21


 

SONHANDO ACORDADO

Rev. Ricardo Goldim Brasil

Brasileiro, pastor, professor e escritor


Ontem sonhei que estava em um culto com o auditório lotado. A reunião iniciou-se com uma oração muito mecânica. Em seguida apresentou-se um grupo musical gospel. A letra era paupérrima, toda a música concentrava-se em repetir o refrão: "O leão de Judá derrotou o outro leão perigoso". Terminada a "batalha", foram gastos mais de quarenta minutos no levantamento das ofertas — desde ameaças a promessas de que receberiam cem vezes mais. O pregador da noite levantou-se para falar e, por cerca de cinqüenta minutos, discorreu sobre assuntos diversos sem, contudo, conduzir uma linha de raciocínio, sem compromisso algum de expor a Bíblia. Meu sonho me perturbava. De repente, para minha absoluta surpresa, vi ao meu lado, participando do culto, quatro personagens históricos: Martinho Lutero, João Calvino, João Wesley, Charles Finney e Gunar Vingren, fundador do pentecostalismo no Brasil. Mal podia acreditar que estava cultuando a Deus ao lado de tão ilustres personalidades do mundo evangélico. Muitas perguntas vieram à minha mente: curiosidades, esclarecimentos, dúvidas que precisavam ser sanadas. Todavia, eles é que começaram a me questionar. Lutero mostrava-se indignado pelo que parecia uma volta da igreja à Época Medieval, dos amuletos, relíquias e indulgências. Expliquei-lhe que a igreja brasileira está inserida em uma cultura muito mística. Falei da herança católica medieval, disse que os índios brasileiros eram animistas. Para ele, a Palavra deveria ser suficiente para produzir fé e não havia necessidade de pontos de contato para o poder de Deus fluir em nós. A preocupação de Calvino, entretanto, era entender o porquê de tanto descaso com a Bíblia. Falou-me que, até o avanço dos protestantes na Europa, cultuar a Deus resumia-se a assistir a um ritual. A liturgia era mais importante que a exposição do texto sagrado. Wesley, por sua vez, encontrava-se aturdido. Ele me disse que, por aquele culto, percebia que havia muitos chavões, mas pouco compromisso ético na igreja. Por duas vezes, perguntou-me: "Será possível conduzir a obra de Deus apenas prometendo triunfo, sem jamais questionar a vocação profética da igreja?". Charles Finney também se aproximou de mim, querendo entender o que se passava. Falou-me de como eram os cultos evangelísticos de seus dias e de como as pessoas encaravam o novo nascimento. Ele fazia o apelo para que as pessoas que estavam ansiosas por salvação tivessem um tempo para refletir e saber se realmente desejavam um compromisso real com Cristo. Sua inquietação com o culto do qual participávamos, vinha da maneira tão trivial como as pessoas encaravam a conversão e o discipulado! Gunnar Vingren, não aceitava que todo o sacrifício dos pioneiros do movimento pentecostal desmoronasse em uma teologia tão imediatista. Ele disse que não havia Pentecostes sem a cruz. Comecei a suar. Sem conseguir dormir de novo, ainda em minha cama, orei e pedi a Deus que levantasse no Brasil um povo comprometido em ter apenas a Bíblia como regra de fé e prática. Pedi-lhe que levantasse pastores que cuidem do povo como rebanho de Deus, e não como um investimento que pode ser capitalizado no futuro. Orei para que os seminaristas não confundissem sucesso com um ministério aprovado por Deus. Os sonhos muitas vezes mostram o que não queremos ver. Talvez, a maior necessidade da igreja, a nossa necessidade, seja a de olhar-nos criticamente. Se fecharmos os olhos para a trivialização do sagrado, para a falta de compromissos éticos e proféticos, para a transformação do culto em espetáculo, não só nos condenaremos a sermos irrelevantes para a nossa geração como envergonharemos muitos herois que já deram a suas vidas pela causa de Cristo!

 

C U L T O

Hector Antonio Argueta Estados Unidos

Salvadorenho, professor da EBD, tradutor, Missões Estrangeiras


Culto é um ato de adoração, louvor e reverência que todos devemos oferecer a Deus em agradecimento por seu amor — proskuneo. Cultuar é a resposta do homem a Deus, em perceber sua presença, como fez Jacó: "Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o SENHOR está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus." (Gn 28.16-17).Quando a Igreja se reune para render culto a Deus é necessário apresentar-se a Ele com um coração puro e sincero. Se pode entender este principio do encontro entre Jesus e a mulher samaritana quando disse: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). É necessário estar em reverência e temor a Deus, tomando sempre em conta o sacrificio de amor que Ele fez ao enviar seu filho para morrer na cruz por nossos pecados (Jo 3.16). Um culto deve ter ordem, não nos esquecendo da exortação do apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, de Colossos e de Éfeso: “Que fareis pois irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem lingua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação... Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz” (1 Co 14.26,33). Culto é um ato de apresentar-se a Deus com íntima reverência, humilhação e agradecimento, para exaltar seu infinito amor e misericórdia, por haver permitido que por sua graça alcançássemos o perdão e a salvação, da qual não éramos merecedores. “Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores. Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela sua verdade.” (Sl 138.1,2).

 

O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL

Pedro Marques Pereira Estados Unidos

Sul-Africano, cooperador, músico, professor da Escola Bíblica Dominical

 

Texto de Memorização

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." (1 Co 14.26).



  1. NA ADORAÇÃO A DEUS
  Com um louvor fervente: Sl 9.1,2; Jo 4.23; Sl 22.3; Sl 100.1,4
  Com ofertas de sacrificio: Lc 21.1-4; Mt 2.11; Ml 3.10; Hb 13.15,16
  Com uma vida no altar: Lv 6.13; Mt 25.1-13; 1 Co 10.12
  2. NA PRIMAZIA DA PALAVRA
  A Palavra Cantada – consagração: Cl 3.16; Ef 5.19; Sl 33.2,3; 2 Cr 29.31
  A Palavra Testemunhada – edificação: Jo 4.39; At 12.17; At 14.27
  A Palavra Pregada – exortação: At 2.38-41; 10.42-44; 28.30,31; Hb 12.5-7,11
  3. NA MANIFESTAÇÃO DIVINA
  Através da presença de Deus: Mt 18.20; 2 Cr 7.1,2
  Através dos milagres, curas e batismos: Lc 5.18-25; At 10.47
  Através do crescimento Espiritual: Rm 10.17; At 2.47; At 4.4



 1 Coríntios 12.26-33, 39,40 (ARC)


26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 - E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.
29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas.
40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.





 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

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