Fort Lauderdale, Flórida, 09 de Junho de 2002 Ano X  Lição Nº 23


 

Amálgama Política

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, conferecista, professor e articulista.

A 53 anos atrás o urso branco soviético fez todas as nações da terra tremerem por dentro e por fora. Daí nasceu o famoso Tratado do Atlântico Norte - OTAN, um tipo de cinturão para conter os confederados soviéticos do lado de fora do nosso quintal. Isolados, blasfemaram contra Deus e contra o Diabo, e, à guisa de uma santa revolução, o genocídio de 32 milhões de compatriotas foi o preço para que o  Comunismo viesse a existir. Um consolo para os pobres soviéticos e um estopim para os  lutadores do Terceiro Mundo. União Soviética, Comunismo e Russos eram sinônimos de ignomia, só em tão somente neles pensar. O ícone da Foice e o Martelo fez dois terços da população mundial tirar o chapéu e a maior democracia da história — os Estados Unidos da América, proibir a existência do Partido Comunista em seu terreiro! A OTAN tranca suas porteiras com cadeados nucleares: ninguém sai nem entra! Quando a dez anos atrás mencionei que Gog e Magog — Rússia Confederada, de Ezequiel 38, tornar-se-ia irmã-amiga dos Ocidentais, quase fui crucificado pelos meus colegas escatólogos da época. Questionei, mas como ela poderá mobilizar as nações confederadas para a grande batalha contra Israel, no início da Grande Tribulação, estando o urso enjaulado do lado de fora? Como ela poderá romper o grande cerco a ela imposta pelo sistema feudal dos de dentro, e o sistema liberal dos de fora? A resposta veio, mesmo que já um pouco tarde para muitos. Ela deixou meio mundo de boca aberta, quando a cimeira dos maiorais da OTAN, realizada neste mês de maio de 2002, em Roma e às barbas do vaticano, desceu a cortina do projeto The Roman Revelation. O Presidente da Rússia, Vladimir V. Putin  foi ovacionado pelos generais sem estrelas da Organização do Atlântico Norte, enquanto desfilava com um riso branco diante de um mural de 19 bandeiras dos Estados Europeus e dos de além-mar!  A excursão do Presidente George Walker Bush, na conquista da globalização política, de mercado e militar fez esta amálgama tornar-se mais ainda revenida.  Quem não é por nós é contra nós, é o novo slogan para, agora mais do que nunca,  manter os Russos do lado de cá, e os nômades armados terroristas dos cinco Continentes do lado de lá! Ironicamente, agora o urso, o leopardo, a águia e as raposas podem comer todos junto num mesmo caldeirão, e saborear a mesma comida!  Que esperamos mais? Oh, igreja de Jesus Cristo, o tempo é chegado, a nossa casa está pronta, e o tempo de nossa partida tão próximo quanto não imaginamos! Levantemos os nossos olhos e vejamos que o verão já chegou, e o trigo da grande seara está a se perder. Corramos e colhamos os que as nossas últimas forças nos permitam. Pois, a qualquer momento ouvir-se-á o brado: aí vem o noivo!

Bezerro de Ouro

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja.

A imagem de bois ou bezerros faziam grande parte da arte e religião do Antigo Egito, Mesopotâmia, Ásia Menor, Fenícia e Síria. Para estas nações, o boi ou novilho representava força, e fertilidade, e por isso, era considerado como um deus. Em várias regiões do Egito seu nome variava: em Mênfis era conhecido como Ápis; em Heliópolis como Mnevis, e na região de Gosén como Horus. Em Canaã, Fenícia e Síria, a imagem era identificada com o deus Baal ou Hadade. Existem duas menções sobre a construção de bezerros de ouro nas Escrituras, a primeira é feita no segundo livro do Pentateuco, o Êxodo (32.1-8). A passagem registra como Israel depois de três meses de sua saída do Egito pediu a Arão para fazer um deus que eles pudessem ver, ou seja, a materialização do Deus a quem eles tinham ouvido 40 dias antes ditando-os o Decálogo (Ex 20). Enquanto Moisés recebia a Lei de Deus no Sinai, o povo que havia dito: “Fale tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos” (Ex 20.19), pede a Arão: “Faze-nos deuses, que vão adiante de nós...” (Ex 32.1). Por causa da insistência do povo, Arão recolheu os pendentes de ouro, ou seja, os brincos das orelhas das mulheres, e com isso construiu o bezerro de fundição (Ex 32.2-4). Segundo os costumes pagãos de todas as nações vizinhas, o culto aos deuses era seguido de orgias, ritos lascivos, danças, sacrifícios humanos, tortura própria, prostração e beijos na imagem adorada (I Rs 18.28). Israel não foi uma exceção a estes costumes tão vís. A voz de Deus para Moisés no monte foi: “Desce, porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido” (Ex 32.6,7,19). O povo quiz inferiorizar a Deus ao nível de imagens feitas por mãos de homens - “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis ” (Rm 1.23). É pena que a Igreja Católica Romana retirou um capítulo de suma importância da Bíblia, para seus fins lucrativos e conveniência doutrinária, o Salmo 115 - “Os ídolos deles são prata e ouro... tem boca mas não falam... olhos, mas não vêem... tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam.”  A segunda menção está no primeiro Livro dos Reis (12.25-33), quando Jeroboão I, rei de Israel, assume o trono. Por falta de confiança no Deus que o havia colocado naquela posição, e medo de que o povo ao ir à Jerusalém para sacrificar na casa do Senhor, voltasse seu coração ao rei Reoboão, rei de Judá, ele decidiu começar seu ministério com as bases erradas. Fez assim, dois bezerros de ouro, colocando um na cidade de Dã, e outro em Betel. A alternativa de culto dada por Jeroboão para ganhar o povo para si, não só extraviou as Dez Tribos do Norte a trilhar 200 anos de apostasia e idolatria, como confrontou o próprio Deus. A ação de Jeroboão teve as mesmas implicações desastrosas que o bezerro no Sinai, como também seus resultados, pois Deus não se deixa escarnecer. No deserto custou a vida de 3.000 pessoas (Ex 32.28); à Jeroboão custou seu reinado (I Rs 13,14), e às 10 tribos custou sua Diáspora permanente para a Assíria (II Rs 17.22,23). O pecado de Jeroboão tão mencionado nos livros dos Reis e das Crônicas resultou uma mudança de equidade, de justiça e de moral, que apoiada pela imoralidade da religião, produziu a desintegração do Reino do Norte e a perda total do sentido de povo escolhido no meio de nações pagãs. O Rei Acabe, nos caminhos de Jeroboão, casou-se com Jezabel, princesa fenícia de Sidom, cidade na costa do Mediterrâneo considerada como o centro da depravação e impiedade. Jezabel foi habitar na cidade de Jezreel, onde havia pessoas pias e que serviam ao Deus verdadeiro. Baal, o deus-sol dos fenícios, era representado pela imagem de um boi, que segundo eles,  tinha poder sobre as plantações, rebanhos e fertilidade dos animais e humanos. Acabe influenciado por Jezabel, construiu templos e proliferou a adoração à Baal em todo o Israel, ao ponto de terem 450 profetas para ministrar o seu culto. Profetas e homens santos como Nabote que se opuseram aos caprichos de Acabe e as abominações de Jezabel foram disseminados por sua ordem. Porem, Deus levantou dois homens de coragem que puseram fim a adoração à Baal em Israel: Elias, confrontou e matou os 450 profetas de Baal (I Rs 18.22-40); e Jeú matou a Jezabel, exterminou a casa de Acabe, matou a todos os adoradores de Baal, queimou as estátuas e derrubou a casa de Baal (II Rs 10). Estes relatos nos provam que Deus, de nenhuma maneira pode ser inferiorizado ao nível de uma representação ilustrada ou esculpida. Deus é soberano, e a Bíblia diz que nenhum homem verá o seu rosto e viverá (Ex 33.20). Qualquer esforço humano de criar uma imagem do Deus invisível em forma física ou palpável está trabalhando em pról de sua própria destruição e juízo. (Ap 22.15).

O CULTO AO BEZERRO

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, missionária, professora e secretária da Igreja.

Texto Áureo da Lição

E converteram a sua glória na figura de um boi que come erva. (Sl 106.20)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: GRATA NOVA, 18 da Harpa Cristã.

  Ouça a Mensagem da Semana no Púlpito

1. O bezerro de ouro - o espelho da rebelião de Israel
A rebelião da lei - Sinai Ex 20.2-5; 32.7,8; Mc 7.8,9.
A rebelião do culto - Samaria: 1Rs 12.28-32; Ez 8.16; 1Sm 2.17,22.
A rebelião da liderança - Israel: Os 8.4,5; 1Rs 12.31; 1Sm 8.5-7; Mt 23.37
2. O bezerro de ouro - a materialização do espiritual
Materialização de Deus em imagens: Ex 32.4; Sl 115.4-8; Rm 1.23--25,32.
Substituição da fé em indulgências cristãs: 2Rs 5.11,12; 2Co 5.7; At 19.11,12.
Falsificação da unção em modismos: 2Cr 18.19-23; 1Sm 28.6,7,14; At 19.13; 1Jo 2.27.
3. O bezerro de ouro - a armadilha contra o obreiro
O jugo da insegurança: 1Rs 12.26,27; Ex 32.21-24; 2Tm 1.12; 1Sm 14.6.
O laço dos maus conselhos: 1Rs 12.13,14; 28a; Sl 1.1; Ex 18.23; Pv 15.22.
O ardil da mentira: 1Rs 12.28b; 2Sm 11.10; 2Rs 5.25-27; At 5.3,4.

Texto da Lição:

Oséias 8.2-6; Exodo 32.3,4; 1Reis 12.28-32

 Oséias 8.2 E a mim clamarão: Deus meu! Nós, Israel, te conhecemos.
3 Israel rejeitou o bem; o inimigo persegui-lo-á. 4 Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas eu não o soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos. 5 O teu bezerro, ó Samaria, foi rejeitado; a minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes de alcançar a inocência? 6 Porque isso é mesmo de Israel; um artífice o fez, e não é Deus; mas em pedaços será desfeito o bezerro de Samaria.
Exodo 32.3 Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão, 4 e ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.
 
1 Reis 12.28 Pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês
aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.
29 E pôs um em Betel e colocou o outro em Dã. 30 E este feito se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um a adorar.
31 Também fez casa dos altos e fez sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi. 32 E fez Jeroboão uma festa no oitavo mês, no dia décimo-quinto do mês, como a festa que se fazia em Judá, e sacrificou no
altar; semelhantemente, fez em Betel, sacrificando aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera.



(ARC)