Fort Lauderdale, Florida, 11 de Novembro de 2001 Ano IX  Nº 46


 

O Relógio Que Não Atrasa!

Rev. José Kleber F. Calixto Brasil

Brasileiro,  pastor, professor e articulista.

“Já se fazia escuro e Jesus ainda não viera ter com eles” (João, 6.17b) AINDA – com essa palavra, João parece denunciar o ambiente de inquietação que se instalava entre os discípulos no meio do mar. Por mais que eles relutassem em tecer tais conjecturas, as altas ondas, o rijo vento, o barco afundando, a hora avançada, as forças mitigadas, o negrume da noite, todas as coisas pareciam apontar para um “atraso” divino, uma dessincronia entre a ação de Deus e as necessidades humanas, uma distração de Deus em face ao desespero humano. Diz o texto que, naquele momento de medo, pânico, perplexidade, e de total incapacidade de não atribuir a Deus a falibilidade humana, Jesus vem andando por sobre as águas e o Seu relógio marcava a quarta vigília da noite. Teria Deus perdido a hora? Dormido no ponto? Havia o relógio divino trabalhado descompensado com a hora do nosso sofrimento? Teria Ele abdicado do compromisso radical que tem com as nossas vidas? Não! Diz o texto enfaticamente: Ele veio na quarta vigília da noite. Por que? Porque é na quarta vigília que a noite se faz mais escura, as ondas mais revoltas e os ventos mais rijos em razão da proximidade do nascer do sol (o texto atesta esse fenômeno quando diz que neste período eles remavam com dificuldade porque “o vento lhes era totalmente contrário”). Como sempre, o relógio de Jesus estava rigorosamente pontual. Veio quando a escuridão era mais densa, as ondas mais encapeladas e os ventos totalmente contrários. O relógio de Jesus é assim: sincronizado com o nosso sofrimento e as nossas dores. Jamais chega atrasado em nossa vida para a manifestação de Sua graça e de Sua misericórdia. Jamais posterga o milagre esperado. Ele sempre aparece quando a noite se faz mais escura e os ventos são totalmente contrários. Talvez, muitos de nós estejamos, hoje, vivendo essa “síndrome do ainda”. Uma terrível sensação de que Deus perdeu a hora, Deus perdeu o bonde da história de nossa vida; um Deus atrasado em cumprir as Suas promessas. Talvez, muitos de nós estejamos nutrindo em nossas vidas essa idéia de um Deus distraído e incapaz de manifestar a Sua graça no tempo certo de nossos sofrimentos. Precisamos entender isto: o Relógio de Jesus nunca falha. Ele Sempre aparece. Quando as trevas forem mais densas, as ondas mais revoltas e se fizer a “quarta vigília da noite”, louvemos e cantemos ao Senhor. Porque Ele está vindo ao nosso encontro!

Matrimônio

Manuela Barros U.S.A.

Brasileira, professora e diretora do Evangelismo.

A primeira união humana agregada por Deus, tratou-se de uma união heterossexual, ou seja, entre um homem e uma mulher, a qual foi literalmente tirada do corpo do homem (Gn 2.22). A instituição divina foi clara ao dizer que o varão, em suas gerações, deveria deixar seus pais para juntar-se à sua mulher, a qual lhe serviria de companheira e geraria filhos, perpetuando assim sua semente. A consequência do pecado atingiu a ambos, homem e mulher. Para a mulher coube a submissão hierárquica ao marido e dor ao gerar seus filhos (Gn 3.16) e para o homem requereria seu suor para seu sustento (Gn 3.19). A cultura hebréia é sem dúvida aquilo que o próprio Deus estabeleceu para o seu povo, pois as regras e até costumes do povo judeu foram adquiridas das leis dadas por Deus. Deus não aceita o jugo desigual para o matrimônio, seu povo Israel não podia se misturar com as filhas da terra, mulheres pagãs, nem tampouco a Igreja pode misturar-se com o mundo. Apesar dos casos de poligamia encontrados na Bíblia, faz-se claro de que Deus respaldou e constituiu o casamento monogâmico (I Co 7.2). O adultério e a fornicação são abomináveis diante de Deus, o qual usa o matrimônio como uma figura do relacionamento entre Cristo e a Igreja; e assim demonstra a seriedade e santidade que deve ser destinada ao casamento. Segundo as Sagradas Escrituras só se faz aceitavel a dissolução do casamento se houver um adultério, caso contrário, diante de Deus este é indissolúvel. Vale ressaltar que o matrimônio não é nem nunca foi um sacramento, ou, uma lei divina. Até a vinda do Cristo encarnado (AT), todas as mulheres judaicas eram potencialmente a mãe do Messias, portanto o casamento era promovido sobretudo para a procriação, fato  evidenciado pela lei do levirato. No panorama neo testamentário o casamento toma um segundo plano e é incentivado no sentido de evitar a prostituição, abundantemente praticada pelo mundo pagão. Porém crescem os exemplos bíblicos daqueles que se abstém do tal pela causa de Cristo, entre os quais encontra-se a célebre personagem de Paulo, o apóstolo dos gentios.

Os Deveres do Crente no Matrimônio

Eronides DaSilvaU.S.A.

Brasileiro, pastor, professor, conferencista e escritor.

Ouça a mensagem da semana no Púlpito!

Texto Áureo da Lição

Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. (Gn 2:24).


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: A TEUS PÉS — 434 da Harpa Cristã.

 
1. Os Deveres da Esposa
 
Cuidando do Marido - sendo uma boa esposa:  Ef 5:24; Cl 3:18; Pv 12:4
Cuidando dos Filhos - sendo uma boa mãe: Tt 2:4; Pv 6:20; 1Tm 2:15
Cuidando do Lar - sendo uma boa dona de casa: Lc 10:38-42; Pv 31:16-20
 
2. Os Deveres do Marido
 
Prover a liderança espiritual do Lar - o líder: Dt 6:6-9; Gn 3:16
Prover a vida social do Lar - o instrutor: Pv 4:1; 23:22; 1Co 7:33
Prover a manutenção do Lar - o mantenedor: Gn 25:27; 1Tm 3:4; 5:8
 
3. Os Deveres de um  Bom Testemunho
 
A submissão, a virtude da mulher: Ef 5:22,23; 1Pe 3:4; 2Rs 4:9
A coabitação, a graça do marido: Cl 3:19; 1Pe 3:7; Ef 5:28
O bom adorno, a ética do crente: 1Tm 2:9; 1Pe 3:2-4; Tt 2:5
 

Texto da Lição:

 

1 Pedro 3:1-7

1 Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, 2 considerando a vossa vida casta, em temor. 3 O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura
de vestes,
4 mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é
precioso diante de Deus.
5 Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus e estavam sujeitas ao seu próprio marido, 6 como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto. 7 Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas
as vossas orações.
(ARC)