Semeador Title 

 

Fort Lauderdale, Flórida,  29 de Julho de 2012 Ano XX  Lição Nº 31


 

PARÁBOLAS DE JESUS — O TRIGO E O JOIO

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Referências: Mateus 13.24-30; 36-43 — Ambiente: Jesus antes de rumar à casa de Pedro, a alguns metros da praia do Mar da Galiléia, na popa do barco, Ele continua a mesma linha de pensamento sobre o campo e a semente, ensinando essa exótica parábola. Jesus marca um forte contraste entre a do Semeador, que tinha uma semente, um campo e um semeador — “...a semente é a palavra de Deus” (Lc 8.11); e a do Trigo e Joio, que tinha dois semeadores, dois campos e duas sementes — “o campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno” (Mt 13.38). Aquela semente, que era a Palavra de Deus, plantada num bom terreno, geraria um novo homem, a qual é denominada aqui de filhos do Reino — “segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fossemos como primícias das suas criaturas” (Tg 1.18). Os filhos do maligno, entretanto, só são reconhecidos quando, mais tarde, seus frutos aparecem — “Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore” (Mt 12.33). Explicação: As parábolas do Trigo e do Joio e a da Rede são gêmeas, e falam do final dos tempos e do julgamento final. Aqui se contempla o maior investimento missionário, quer na época da graça, como na época dos sete anos da Grande Tribulação. Dois grupos de missionários são enviados com propósitos diferentes: os filhos do Reino para discipular a população que recebeu o Evangelho do Reino; e os filhos do maligno, para contrapor as virtudes e as árduas tarefas que os filhos de Deus estarão a laborar! Se aplicarmos esta parábola para o nosso tempo atual, o campo seria a área geográfica da igreja institucionalizada. Entretanto, na sua interpretação original, o campo é todo o mundo. Os dois campos são de propriedade exclusiva de Deus! Tristemente, as sementes foram lançadas enquanto os servos dormiam! Quem peca, peca no escuro; Satanás, como príncipe das trevas, trabalha constantemente na escuridão do conhecimento (Sl 104.20), da falta do avivamento (Hb 3.2) e da conformação com este mundo (Rm 12.1-3). E, filho de peixe, peixinho é; tal o enganador, são os seus filhos — “O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: não fiz nada de mal” (Pv 30.20)! Interpretação: O cenário aqui é o Mar da Galiléia, face à Sinagoga de Capernaum, próximo da casa de Pedro. O mais irônico de tudo, e graças a Deus pelo seu amor e justiça demonstrados, é que a chuva cai sobre todos; os fertilizantes naturais alimentam ambas as sementes; o sol opera a fotossíntese em todos os elementos: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). O joio não foi arrancado, porque a obra dos filhos do Reino valem mais do que o mundo inteiro; por que os filhos do maligno não foram removidos? Porque Deus utiliza as circunstâncias e dores para provar e aprimorar os seus filhos: “tampouco desapossarei mais de diante deles a nenhuma das nações, que Josué deixou, quando morreu; para por elas provar a Israel, se há de guardar, ou não, o caminho do SENHOR, como seus pais o guardaram, para nele andar” (Jz 2.20-21). Os dois semeadores da parábola, são distintos em propósitos e caráteres: um a Fiel Testemunha, outro o amotinador; um a Verdade, outro o pai da mentira; um a trindade do bem e outro a triunidade do mal; um Jesus e outro Satanás“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). As duas sementes, como já foi mencionado, são os filhos do Reino, e os filhos do maligno. Aqueles (Sl 126.6; Is 6.13), a boa semente, salvos pela Palavra, pregam a verdade; manifestam a graça de Deus para a salvação dos homens; santificam-se e ajudam outros a se santificarem; e no caminhar sobre o campo de Deus, glorificam a Trindade nos seus corpos, almas e espíritos — “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10b). Estes, a má semente (Ef 2.2; Jo 8.44), pelo próprio adjetivo com o qual se designam, matam, roubam e destroem, pois são as tarefas fundamentais do seu mentor, o Príncipe das Trevas — “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir” (Jo 10.10a). Hoje, aplicando estas verdades à nossa dispensação, a igreja é invadida por todos os tipos de missionários do reino das trevas. Eles estão em nosso meio; se parecendo conosco; usando a mesma nossa liturgia; realizando obras e pregações em nome da Trindade e do nosso Evangelho. Eles crescem juntos, tão juntos que muitas vezes o líder da igreja não sabe distinguir entre o bem e o mal; entre a igreja de Cristo e a igreja pós-moderna e emergente; entre a manifestação das trevas e da luz — “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2 Co 11.14). Entretanto, no final das setes semanas de anos de Daniel, sob a ordem de Jesus Cristo, os anjos organizadamente recolherão os filhos do maligno em molhos: os ateístas, os teosofistas, os animistas, os idólatras, os apóstatas e os membros da igreja do anticristo, os quais serão lançados vivos no Hades, e ficarão lá a espera do Juízo Final. Entretanto, e glória a Deus por isso, os filhos do Reino que aceitaram ao Messias como seu redentor, serão transportados são e vivos ao celeiro do Pai — o Reino Messiânico, e alí brilharão como o sol por mil anos, e depois por toda a eternidade — “Os sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Dn 12.3)!

 

V I U V E Z

Vania DaSilva Estados Unidos

Brasileira, Missionária, Professora do SWM e Secretária da BPC -EUA


Na perspectiva sociológica, viuvez é o estado no qual um cônjuge se encontra quando o outro morre. É um processo natural da vida humana, que abarca milhares de pessoas. O vocábulo aparece 53 vezes nas Escrituras Sagradas, e o sentido da raiz hebraica almanah quer dizer abandonado. A primeira menção na Bíblia sobre viuvez está em Gênesis 38.11, quando relata a história de Tamar, nora de Judá, o qual igualmente era viúvo. Era costume as mulheres vestirem-se com trajes especiais, ou “vestidos da viuvez”, que identificavam o estado de luto pela perda do esposo. Nas sociedades patriarcais, além da angústia que acompanhava a viuvez, a perda da proteção legal do esposo, geralmente colocava a família em pobreza; como vemos o exemplo no tempo de Eliseu, da viúva cujo esposo morrera e os credores vieram a levar seus filhos para serem servos (2 Rs 4.1). Se houvesse bens, terrenos e filhos, estes serviriam para pagar a dívida do defunto. Por causa disso, as viúvas estavam à mercê de todo tipo de exploração da parte dos credores. Daí a razão pela qual Deus é inúmeras vezes mencionado como o protetor, o provedor, o defensor e o consolador dos órfãos e viúvas (Ex 22.23,24; Sl 68.5; 146.9; Jr 22.3). O cuidado do Senhor por este grupo da sociedade de Israel era revelado na orientação do povo, durante os tempos da colheita: “Quando no teu campo segares a tua sega, e esqueceres uma gavela [molho] no campo, não tornarás a tomá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será, para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos” (Dt 24.19). A justiça social hebréia no Antigo Testamento era benevolente a elas, pois a viúva israelita não usufruía de nenhum direito de sucessão, e a herança passava completamente para os filhos ou filhas do falecido. Caso não houvesse descendentes, a herança passaria aos irmãos do pai ou ao parente mais próximo; por isso a necessidade de um remidor ou goel. Na Lei Mosaica havia duas cláusulas que poderiam ser consideradas quando uma mulher se tornava viúva. A primeira era que a mulher que tivesse filhos, continuaria a viver com a familia e seria amparada por eles, como no caso da viúva de Naim ou a mulher do filho dos profetas (Lc 7.12; 2 Rs 4.1). A segunda era que não havendo filhos, ela poderia optar para a lei do levirato, que do hebraico quer dizer cunhado (Dt 25.5-10). Se esperava que a viúva se casasse com um dos irmãos do falecido, ou não havendo irmãos, com o parente mais próximo. Ao casar com a viúva, o cunhado ou remidor haveria de adquirir os bens perdidos, e suscitar o nome do defunto, através do herdeiro que nasceria desse casamento, “para que o seu nome se não apague em Israel” (Dt 25.6). Se o cunhado ou remidor não estivesse disponível ou não quisesse cumprir essa obrigação da lei, o mesmo sofreria desonra pública (Dt 25.8-10); e a viúva era livre para voltar a casa de seu pai ou casar fora do clã (Gn 38.11; Rt 1.8-14; Mt 22.24-30), mas nunca com um sacerdote (Lv 21.14). O exemplo mais conhecido na Bíblia do levirato foi o de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4.1-10). Por não haver descendentes ou cunhados de Elimeleque, Boaz assumiu a obrigação do levirato, quando o parente mais próximo recusou casar-se com Rute, por temor de danificar sua herdade. Segundo o costume em Israel, uma cerimônia para confirmar o contrato era feita à porta da cidade com 10 anciãos, e o sapato era descalçado e dado ao próximo que assumiria a obrigação como remidor (Rt 4.7). David foi a terceira geração do casamento de Boaz e Rute, e desta linhagem veio Jesus Cristo (Rt 4.17; Rm 1.3). No tempo Neotestamentário, a viuvez enfrentava o mesmo contexto cultural e legal dos tempos antigos. Lucas descreve que com o crescimento magno da igreja, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, pelo descuido na distribuição de bens para com as viúvas gregas. A fim de atender essa demanda, houve urgência de separar-se diáconos para cuidar das necessidades materiais, e da distribuição de ajuda social para os carentes (pobres, órfãos e viúvas) da Igreja Primitiva (At 6.1-6). Quando o mesmo problema volta à tona nas igrejas gentilicas, a recomendação paulina à Timóteo resume-se de forma tríplice: i) As viúvas jovens que se casem e gerem filhos (1 Tm 5.14); ii) As viúvas com filhos ou netos, recebam o cuidado da própria familia, pois aos filhos convem exercer a piedade e honra aos pais (1 Tm 5.4); iii) As verdadeiras viúvas sejam sustentadas pela Igreja (1 Tm 5.3,5). As condições desse sustento também é descrito pelo apóstolo: a) As viúvas deveriam ter acima de 60 anos (1 Tm 5.9); b) As viúvas não poderiam ter contraído novo casamento, deveriam ser esposa de um só marido (1 Tm 5.9); c) As viúvas deveriam ser piedosas, dedicadas à oração, afastando-se de todo pecado, e dedicadas ao serviço da casa de Deus, como era Ana (1 Tm 5.5,6; Lc 2.37,38); e iv) As viúvas deveriam ter sido exemplo em seu caráter e serviço na Igreja, o que incluía: ter criado bem os filhos, ter exercitado hospitalidade, ter lavado os pés aos santos, ter socorrido os aflitos e ter praticado boas obras (1 Tm 5.10). Concluindo essa recomendação, Paulo escreve: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas (1 Tm 5.16). A viúva de maior exemplo na Bíblia, apesar de anônima, é referendada pelo próprio Jesus: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento” (Mc 12.43,44).

 

AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ

Rev Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, na Flórida – EUA

Texto de Memorização
“Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5.3).


  1. EXEMPLOS HISTÓRICOS DE VIUVEZ
  Uma viúva profetiza — Ana: Lc 2.36-37
  Uma viúva missionária — a Sareptense: 1 Rs 17.8-9
  Uma viúva altruísta — Noemi: Rt 1.1-3
  2. ASPECTOS SOCIAL DA VIUVEZ
  O desamparo da viúva: At 6.1-7; 1 Tm 5.5
  O amparo da viúva: Jó 29.13; Dt 24.19
  A velhice da viúva: Pv 15.25; Dt 26.12
  3. RESULTADOS ESPIRITUAIS DA VIUVEZ
  A solidariedade espiritual: Ec 4.12
  O companheirismo espiritual: 1 Rs 17.17-20
  O fortalecimento espiritual: Is 41.6




Lucas 2.35-38
Tiago 1.27 (ARC)



Lucas 2.35 - (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos coraçöes.
36 - E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade;
37 - E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e oraçöes, de noite e de dia.
38 - E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Tiago 1.27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulaçöes, e guardar-se da corrupção do mundo.

 

 

 

Adeus à Hong-Kong

Superintendente. Rev. Eronides DaSilva

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