JERUSALÉM

Cidade da antiguidade, cujo nome significa “habitação de paz”, localizada ao sul da Palestina à 762m acima do nivel do mar. A cidade está cercada de um triângulo de montes, mais altos que o cume da cordilheira sobre a qual está edificada. Jerusalém é considerada uma cidade sagrada não só para os judeus, como também para os cristãos e muçulmanos. Jerusalém, a 4.000 anos antes da vinda de Cristo, era conhecida como Salém (Gn 14.17-20), cujo rei era Melquisedeque (Gn 14.18), e também como Jebus (Jz 19.10). No tempo da conquista de Canaã, o rei de Jerusalém era Adoni-Zedeque (Js 10.3). Quando Davi se tornou rei, cerca de 1.000 a.C., ele e seu exército conquistaram a cidade, expeliram os jebuseus, e estabeleceram a cidade de Jerusalém como capital do reinado (2 Sm 5.7). Por haver pouco recurso de água, as fontes da cidade eram suplementadas por cisternas e tanques, como o de Siloé e Betesda; por grandes reservatórios que recolhiam as águas das chuvas; e pelos aquedutos subterrâneos, como o construído por Ezequias (2 Rs 20.20). Em todo o percurso das muralhas de Jerusalém, haviam diferentes portas, e a Bíblia menciona o nome de 18 delas. Neemias ao regressar do cativeiro, teve a incumbência de reparar as portas e os muros da cidade (Ne 12). Davi construiu um palácio em Jerusalém, expandiu seu território e fortificou suas muralhas. Tempos mais tarde, ele traz a arca do concerto para Jerusalém, que se encontrava em Siló. Isso fez da cidade não só a capital política da época, mas também a capital espiritual do mundo até o dia de hoje, e o centro de adoração à Deus pelo seu povo. Apesar de Davi desejar construir uma casa ao Senhor, a palavra de Deus através de Natã, foi que não ele, mas seu filho Salomão, a haveria de construir. Tal cumprimento deu-se entre os anos 966-959. O Templo de Jeruslém, mais conhecido como Templo de Salomão, permaneceu sendo o lugar principal de culto dos judeus durante 370 anos, até que no ano 588 a.C. ele é destruído pelos babilônicos, para cumprir a palavra profética de Jeremias (Jr 25.11; 29.10). A cidade de Jerusalém foi por várias vezes sitiada, conquistada, destruída e reconstruída por diferentes reinos e impérios. A cidade retomou seu apogeu, ainda que debaixo do domínio romano da época, quando Herodes, o Grande, retomou-a e expandiu seu Templo. Sob este plano, foi que Cristo veio e caminhou na cidade de Jerusalém, operou muitos milagres, pregou o Evangelho e foi crucificado fora de seus muros, pela rejeição do seu povo. No ano 70 d.C., após um cerco de 5 meses, Jerusalém foi invadida e destruída pelo General Tito e um exército de 100.000 homens; cumprindo-se a profecia de Jesus que disse: “Não ficará pedra, sobre pedra que não seja derribada” (Mt 24.2). Após a caída do Império Romano, a cidade foi ocupada pelos muçulmanos, pelos turcos, pelos egípcios, pelas Cruzadas e finalmente pelo Reino Unido em 1917. Em 14 de maio de 1948, através do movimento Zionista, houve a fundação do estado de Israel, com sua capital em Tel Aviv. Ainda que politica e economicamente, Israel tenha renascido como nação, entretanto ainda lhe falta ter a liberdade religiosa e seu templo restaurado em Jerusalém, para que a profecia se cumpra e “os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24). Até então, o salmista exorta a todos que a amam: “Orai pela paz de Jerusalém!