Fort Lauderdale, Flórida, 03 de Outubro de 2004 Ano XII  Lição Nº 40


 

O Adeus a Hong-Kong (1)

Rev. Eronides DaSilva   Brasil

Brasileiro, pastor, professor, conferencista e escritor.

  

Estive em Hong Kong várias vezes. Na última, em Setembro de 1994, cuidadosamente observei a pujança da cidade e do porto, a eletrificante vida dos transeuntes, a euforia dos cantonenses por vislumbrarem o futuro próximo de sua independência, o fervor de ver pelas costas os estrangeiros que ocupavam posições mais favorecidas, e os guetos de uma população pobre, alienada, porém, esperançosa por uma vida melhor. Um relógio de contagem regressiva foi instalado num painel visível a olho nú desde a saida do aeroporto, permitindo que todas as tardes fossem um dia a menos para os seis milhões aglomerados na província sulista da China.  Durante a histórica Guerra do Ópio, entre 1839 e 1842, a Inglaterra ocupou a área sul da China - Xianggang - Hong Kong. Por 156 longos anos a província cresceu em população, economia e liderança política, tornando-se a porta de entrada para a encouraçada China comunista. Por estes longos anos o Dragão Vermelho rosnou, esperando o grande dia de golpear a presa - a sua própria caça. Golpe este por todos esperado, mas por poucos aplaudido, como temeu o Governador britânico de Hong Kong e os analistas políticos do Ocidente: a corrupção chinesa e seu instinto autocrático destruirá as bases de uma economia e uma liberdade política estabelecida com muito suor, esforço e coragem britânica. Debalde seria dizer que não houve injustiças na administração britânica, assim como no compasso de espera de Beijing. Mas como se diz no adágio, se vão os anéis e ficam os dedos. Desta feita, como aconteceu com a Índia, Rodésia, África do Sul, Israel e Bahamas; chegou o dia das lágrimas descerem dos rostos bronzeados dos seis milhões que ocupavam o paraíso vermelho de Hong Kong, e dos alourados do Príncipe Charles, Rainha Elizabeth II e o Governador Chris Pattern, que disseram: é duro dizer adeus. Mas que dizer da Banda Real da Polícia de Hong Kong, que, com muita emoção e conteúdo, e como quem parte levando saudades, tocou: Amazing Grace e Land of Hope and Glory! Sim, à meia noite da Segunda-Feira, do dia 30 de junho de 1997, a bandeira inglesa, hasteada por quase dois centênios, desceu silenciosamente do seu mastro, para dar lugar à bandeira chinesa. Segundos depois do dia primeiro de julho, o hino nacional chinês, Marcha dos Voluntários, foi ecoado nos envidraçados de Vitória, enquanto um batalhão de 4.000 soldados de Beijing desceram por terra, mar e ar, para tomar conta para sempre da pequena, mas estratégica, Hong Kong.

Escatologia

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, professor, conferencista e escritor.

 

Escatologia é o ensino doutrinário concernente as últimas coisas, ou coisas futuras que haverão de acontecer a nível mundial. O vocábulo grego, eschatos, significa último, final. O que a Teologia Sistemática define a Escatologia como estudo das últimas coisas a nível universal, quer seja para os homens em geral, para Israel ou para a Igreja. Portanto, no âmbito da Escatologia Individual ou Universal, os aspectos globais da salvação ou condenação do homem, e o destino final da humanidade é amplamente abordado. Na Escatologia Individual observa-se o plano para a salvação do homem providenciado por Deus (Jo 3.16), sua respectiva condenação pela rejeição à única alternativa a ele oferecida (Jo 3.18) e, finalmente, seu juízo e destino final e eterno para cada criatura, juntamente com as hostes angelicais caídas (Ap 20.7-11). Entretanto, na Escatologia Universal, envolve o Estado de Israel, a Igreja e as demais gentes (1 Co 10.32): (1) Israel – sua diáspora, restauração política, provação, restauração espiritual e instalação do seu Reino Teocrático; (2) a Igreja - sua fase militante, como Local e Universal, na sua fase triunfante, comparecendo ao Tribunal de Cristo, às Bodas do Cordeiro e celebrando a grande Ceia das Bodas, durante o Milênio; (3) as Gentes - continuando seu domínio sobre o Povo de Deus, recebendo a tutela do Anticristo, a maior parte substancial sendo destruída na volta de Cristo em glória e, a menor parte, depois de viver durante o Milênio, dizimada no final da corrida do ser humano sobre a terra. Entender a interpretação da escatologia não é uma tarefa, a princípio, difícil. Dois aspectos devem ser tomados em conta: primeiro, é que uma pequena parte da escatologia bíblica já foi cumprida, segundo, é que a maior dela ainda resta a se cumprir, como a vinda de Cristo para a Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, a vinda de Cristo com a Igreja para salvação de Israel, o Julgamento das Nações, a última ressurreição, o Milênio, a glorificação de Israel, o julgamento dos homens e dos anjos, o novo céu e a nova terra.

A Doutrina das Últimas Coisas

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, pastor, professor, conferencista e escritor.

 

Texto Áureo da Lição

 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,   (2 Pedr 1.16)


Hino sugerido para abertura da Escola Dominical: O FIM DAS LUTAS, número 357 da Harpa Cristã.

 

1A DEFINIÇÃO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
Uma ponte que liga a humanidade ao futuro: Ez 7.2; Hb 9.7; 1 Tm 2.4
Um farol que dirige Israel ao futuro: Sl 23.6; Os 6.3; Is 26.20;
Uma estrada que garante à igreja o futuro: Is 54.2-4; Jo 14.1-3; Ap 1.18-20
2. A REVELAÇÃO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
Revelada a Nabucodonosor - Gentio: Dn 2.31-33
Revelada a Daniel - Israel: Dn 7.8
 Revelada a João - Igreja: Ap 19.11
3. O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
Preparar os cristãos para o que vai  acontecer: Ap 22.6; 1 Jo 3.3; Jo 14.1,2
Prevenir aos judeus como vai  acontecer: Lc 13.34,35; Zc 13.9; Ap 19.11-15
Mostrar aos pagãos o que vai acontecer: Ml 3.18; Mt 25.46; Ap 20.11-15              

 

   Texto da Lição:

2 Pedro 3.1-14


1 Amados, escrevo-vos, agora, esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero,
2 para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos,
3 sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5 Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste;
6 pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio.
7 Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a
arrepender-se.
10 Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
11 Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,
12 aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
13 Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
14 Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.

(ARC)