Editorial

ESTE MUNDO NÃO É NOSSO LAR

Rev. Paul E. Grabill EUA

Americano, pastor, articulista e professor

Eu tenho uma confissão. Era muito acostumado a ouvir o programa radial de entrevistas. E, ao mesmo tempo, tornei-me profundamente frustrado. Muito frustrado! Vivia muito frustrado e odiento pelo que as pessoas estavam fazendo com os meus pais. "O que esta gente pensa que estar a fazer conosco?" Infelizmente, nessa época, eu não entendi que a minhas ações e atitudes não estavam concistentes com a Palavra de Deus. Muito menos minha falta de gozo estava coerente com as da igreja primitiva e com a dos fundadores do nosso movimento séculos atrás! Qual era a perspectiva dos nossos pioneiros com a sua identidade nacional? Eram mais alinhados com o lirismo do hino nacional americano: “God bless America my home, my sweet home”? Ou suas mentes estavam mais voltadas para o hino que cantamos em nossas igrejas: “Este mundo não é a minha casa, estamos apenas de passagem. Meu tesouro está reservado muito além do azul. Os anjos acenam para mim desde as portas abertas nos céus; e não me sinto mais em casa neste mundo”. Então qual é o nosso lar? America ou o Céu? Bem, de alguma forma são ambos, mas o nosso equilíbrio deve ser mantido. Seria possível que algum crente pudesse perder a sua alegria por está demaziadamente ligado a este mundo? Seria possível que algum de nós perdêssemos a noção de que somos cidadãos dos Céus? Penso que sim, pois cantamos, pregamos e falamos pouquíssimo acerca dos Céus! Algumas vezes nos sentimos em casa neste mundo. Mas, acima de tudo, o que nos faz apreciar a nossa dupla cidadania é saber que somos embaixadores de Cristo sobre esta terra (2 Co 5.20). No mundo secular o embaixador sempre entende que vive num solo estrangeiro. Ele representa um outro país na terra onde estar a viver. Sua casa não está no lugar onde ele temporariamente vive. Ele pode respeitar a cultura, as leis, orar pela prosperidade da terra onde ele estar a viver, e até gostar de um determinado restaurante. Mas ela nunca será sua casa! Ele sempre é leal ao seu país de origem! Jesus disse que seu Reino não era desse mundo. O Apóstolo João afirmou: “não ameis o mundo nem o que nele há” (1 Jo 2.15). Vigiemos para que o nosso patriotismo não nos leve ao desvario! Façamos estas perguntas a nós mesmos: 1. Choramos mais pelas almas perdidass da nossa nação, do que nos enchemos de orgulho pelas vitórias por ele alcançadas; 2. Esperamos que o nosso mundo seja perfeito antes da vinda de Cristo? 3. Como nação somos reconhecidos por amarmos aos nossos inimigos políticos, como Jesus nos recomendou? Historicamente apredemos que avivamentos sempre trouxeram massivas mudanças sociais, pelos corações transformados! Verdadeira mundança é, em primeiro lugar, espiritual. Precisamos mais do que apenas uma hereditariedade cristã; necessitamos sim, de corações transformados! Com muita alegria possamos levantar a bendeira de Cristo, e esta mui alta. Muito mais alta do que qualquer outra!

Glossário

POLÍTICA

Rev. Eronides DaSilva Estados Unidos

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

Política, do grego politikas, é a ciência e arte de governar povos. Politicagem, entretanto, é a habilidade de fazer política mesquinha e de interesse pessoal. A Bíblia não usa o termo, mas fala de política do começo ao fim. Na época de Abraão, Isaque e Jacó, o sistema de governo era Patriarcal. Os grandes clãs eram governados pelos respectivos patriarcas. Circunstâncias adversas, permitidas e dirigidas por Deus, levaram José à posição de Governador do Egito (Gn 45.4-8). No Êxodo e por toda a peregrinação de Israel no deserto, esse povo foi conduzido por Moisés; depois, durante a conquista da Palestina e por mais alguns anos, Josué foi o líder. Então, por mais trezentos e cinqüenta anos, Deus usou os Juízes, lideres carismáticos que faziam as guerras de Israel e julgavam as causas do povo. O sistema de governo era Teocrático — Deus governando o seu povo através dos seus líderes. Samuel foi profeta e juiz. Ele conduziu Israel no período de transição entre a Teocracia e a Monarquia. Então vieram os reis Saul, Davi, Salomão, que determinram a sorte política da nação e muitos outros. Pelo pecado do Israel, o Senhor usou a política imperialista da Assíria e da Babilônia para os corrigir. No exílio, Daniel exerceu cargo de confiança na corte do rei Nabucodonosor, de Babilônia, e de Dario, da Pérsia. Depois do exílio, Neemias e Esdras foram pessoas importantes na política em Jerusalém, reconstruindo a cidade, combatendo os inimigos e empreendendo uma reforma religiosa. No Período do Silêncio, quatrocentos anos desde o último profeta do Velho Testamento até o começo do Novo Testamento, Alexandre, o Grande, estabeleceu o Império Grego. Os judeus na Palestina e noutras terras foram subjugados e duramente perseguidos. O Clã dos Macabeus, iniciou uma revolta, mas não deu muito certo, no fim. Mais tarde, o Império Grego foi superado pelo Romano. Mas este, politicamente assimilou muito da cultura e língua helenista. Jesus nasceu no apogeu deste Império, nos dias de César Augusto. Deus usou a estabilidade política desse império, seu veículo de comunicação e a língua grega para depressa estabelecer a sua amada igreja e difundir o seu precioso Evangelho. Alguns judeus querendo colocar Jesus em dificuldade, lhe perguntaram se deviam ou não pagar tributos a César, o Imperador Romano. Jesus, mostrando-lhes a moeda romana, com a imagem de César, disse-lhes: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12.17). Ali, Jesus ratifica, em forma definitiva, a separação da igreja e o Estado! Em outras palavras: reconheçam as circunstâncias políticas em que vocês estão inseridos e as obrigações que lhes são impostas. Cumpram seus deveres para com o Estado, e também os seus deveres para com Deus. Uma coisa não exclui outra”. Ali, teocracia assume a forma humanisticamente apolítica para dirigir os negócios de Deus aqui na terra! Paulo pregou acatamento e obediência às autoridades constituídas. Disse que estas são “ministros de Deus” (Rm 13.1-6). Pedro ainda recomendou sujeição às instituições políticas: “quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem” (1 Pe 2.13-14).

Esboço

ÉTICA CRISTÃ E POLÍTICA

Mbaxi Cabral Estados Unidos

Angolano, Presbítero, Diretor dos Youth Alive, Músico e Professor da EBD


Texto de Memorização
"Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra." (Romanos 13.7)
Texto da Lição
Romanos 13.1-7 Rm 13.1 - Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. 2 - Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. 4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. 5 - Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. 6 - Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. 7 - Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
    1. DEVERES DO CRISTÃO PARA COM O ESTADO
  1. Orar pelos líderes políticos: Dn 6:7-11; I Tm 2:1-3
  2. Pagar impostos federais e locais: Mt 17:24-27; 22:15-21; Rm 13:5-7a
  3. Honrar as autoridades: Dt 16:18; I Sm 26:8-11; Rm 13:7b; Tt 3:1; I Pe 2:13-17
    2. ATUAÇÃO DO CRENTE NO GOVERNO POLÍTICO
  1. JOSÉ - No Império Egípcio: Gn 39:1-9; 41:25-40; Fl 2:15; Hb 11:22
  2. DANIEL - No Império Babilônico: Dn 1:1-8; 2:1-27
  3. JOSÉ DE ARIMATÉIA - No Império Romano: Lc 23:50-53; Jo 19:32-38
    3. OPERAÇÃO DIVINA NOS GOVERNOS POLÍTICOS
  1. No Governo de Faraó: Gn 41:46-57; 42:1-3
  2. No Governo de Darío: Dn 6:1-4; 12-28
  3. No Governo de Assuero (Xerxes): Et 5:1-7; 7:1-6; 9:1-22