Editorial

A DÁDIVA E SEU CUSTO

Rev. Eronides DaSilva EUA

Brasileiro, Pastor Fundador do SWM, da IPB e do STB, Presidente da Regional Sudeste – CONFRADEB, na Flórida, EUA

Mordomia é sinônimo de administração, serviço. É o ofício de um mordomo. Mordomo é um administrador; despenseiro; pessoa encarregada da administração de uma casa; é um empregado doméstico. É uma pessoa de confiança, que trata dos negócios de uma irmandade ou que administra os interesses internos de um palácio ou pertences de seu senhor. Mordomia Cristã, portanto, é serviço cristão, onde Deus é o Senhor e os crentes são seus mordomos. Esta provém do grego “oikonomia” e significa utilização responsável, e amorosa dos recursos que o Senhor colocou à disposição da sua Igreja para louvor e glória de seu Nome e expansão do seu Reino. Algumas caracteríticas fundamentais do mordomo são: Fidelidade: exemplo de José, que foi mordomo fiel de Potifar, no Egito (Gn 39.4-8). Todo mordomo deve ser fiel à seu senhor. Obediência: O mordomo deve sempre fazer o que seu Senhor lhe manda como foi Elieser, servo de Abraão, que buscou uma esposa para Isaac como lhe fora mandado; este tinha o governo de todos os bens de seu senhor (Gn 15.2; 24.1-6). Prudência e vigilância, como mostra a parábola do servo vigilante (Lc 12.42). Ter um só Senhor como ensinou Jesus: “Nenhum servo pode servir dois senhores...” ( Lc 16.13). Na Bíblia, encontra-se menções de mordomos, tais como: Aisar, mordomo do rei Salomão (1Rs 4.1,6); Obadias, mordomo do rei Acab, o qual temia muito ao Senhor, e guardou 100 profetas de Deus porque Jezabel queria matar-los (1Rs 18.3,4). Eliaquim, mordomo do rei Ezequias; o qual foi exaltado por Deus (Is 22.15,20); Eunuco de Candace, mordomo-mor, superintendente de todos os tesouros da rainha dos Etíopes, converteu-se ao evangelho à si pregado por Felipe (At 8.27). A mordomia cristã não é somente das coisas materiais e vocacionais, mas também abarca as espirituais. É importante realçar que todos os salvos são mordomos do Senhor, que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Como bons servos, há que cuidar: do corpo: templo do Espírito Santo; da alma: guardando o coração em santidade; do espírito: alimentandose com a Palavra de Deus (1Ts 5.23); da família: orientando-a na Sã Doutrina, bem como, usar os talentos dados por Deus para ser de benção em Sua obra (Mt 25.14-28); Ser bons administradores: do dízimo que pertence ao Senhor e do tempo como diz Efésios 5:14,15: “Portanto, vede, prudentemente, como andais ... remindo o tempo...”. Deus é Soberano: Senhor (Ex 3.6), Criador (Am 4.13) e Salvador (Hb 2.1-10). Ele pedirá contas do trabalho feito (Mt 18.23; Lc 19.15), julgará e provará as obras (1Co 15.33) e recompensará a cada um dos seus servos que forem fiéis até ao fim: “Eis que cedo venho,e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra “ (Ap 22.12).

Glossário

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Pr. Douglas Baptista Brasil

Brasileiro, Pastor, Comentarista das Lições Bíblicas da CPAD

A doação de órgãos engloba basicamente a técnica de transplante e as pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção de um órgão enfermo do corpo humano para ser substituído por outro saudável. Em muitos casos, o transplante é a única alternativa da medicina para a cura de pacientes com determinadas doenças terminais. Podem ser transplantados órgãos como o coração, o fígado, o pâncreas, os rins, os pulmões, os tecidos e outros. O tipo mais comum de transplante é o da transfusão de sangue. Existe também o transplante de células-tronco que são encontradas, principalmente, na medula óssea, placenta e cordão umbilical. O transplante de células-tronco adultas pode ser realizado entre pessoas vivas e, portanto, não apresenta problemas éticos. Como a Bíblia ensina que a vida tem início na fecundação (Jr 1.5), a ética cristã desaprova o uso das células-tronco embrionárias, pois este procedimento interrompe vida do embrião. O ensino registrado nas Escrituras assevera que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35). Isso que denota um ato voluntário de prover o bem-estar do próximo. Trata-se de uma ação desprovida de interesse de ordem pessoal. A pobre viúva doou na casa do Senhor todo o sustento que tinha (Mc 12.43,44). Barnabé — o filho da consolação — sem pretensão alguma, vendeu uma propriedade e fez doação da venda à igreja (At 4.36,37). A excelência da doação repousa na disposição de renunciar, e até de se sacrificar e sofrer, com base no amor pelos outros (Rm 5.8). Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática (Tg 2.14-17). E ainda, a reciprocidade está presente no gesto de doar, pois foi o Senhor Jesus que assegurou: “dai, e ser-vos-á dado” (Lc 6.38a). Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 64 mil pacientes na fila de espera por um transplante de órgãos. Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que 2.333 pessoas morreram à espera de um transplante no ano de 2015. Muitas famílias ainda rejeitam a doação por dilemas éticos e por falta de informação. A Palavra de Deus contém registros de ações altruístas carregadas de amor, zelo e dedicação para com o outro. Exemplos dignos de ser observado pelos cristãos. A igreja na Galácia foi fundada por Paulo, quando este empreendeu sua primeira viagem missionária (47-48 d.C). Na ocasião o apóstolo sofria de uma enfermidade não especificada na Bíblia (2Co 12.7). Ele escreve que orou a Deus três vezes para ser curado, mas o Senhor lhe respondeu: “a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9a). Ao evangelizar na região da Galácia, Paulo deixou indícios de ter sentido os efeitos da doença em sua carne (Gl 4.13) e salienta que os gálatas não o desprezaram nem o rejeitaram (Gl 4.14). Conjectura-se por meio desta passagem que a enfermidade de Paulo era nos olhos, ou que a doença lhe afetava a visão (Gl 6.11). Indiscutível é que para expressar o amor dos irmãos, ainda que de modo metafórico, o apóstolo fala do sentimento altruísta dos gálatas, que se possível fora, arrancariam os próprios olhos e os doariam no intuito de amenizar o sofrimento de Paulo (Gl 4.15). Seguramente a morte vicária de Cristo é o maior e incontestável gesto de amor e de doação imensurável em favor do ser humano. Quando entregou sua vida por nós, pecadores. As Escrituras afirmam que essa doação estava fundamentada exclusivamente no amor, uma vez que “Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

Esboço

ÉTICA CRISTÃ E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Manuela Guimarães Estados Unidos

Brasileira, Tesoureira Executiva da IPB, Deã Acadêmica do STB e Professora do STB, SWM e EBD


Texto de Memorização
"Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." (1 João 3.16)
Texto da Lição
1 Coríntios 15.35-45 1 Co 15.35 - Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? 36 - Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. 37 - E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. 38 - Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. 39 - Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. 40 - E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. 41 - Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. 42 - Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. 43 - Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. 44 - Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 45 - Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.
    1. OS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CORPO
  1. O corpo em vida: Sl 139.15,16
  2. O corpo pós-morte: Gn 3.19
  3. O corpo pós-ressurreiçāo: Lc 20.35,36; 1 Co 15.39-44
    2. AS DIFERENTES RAZŌES PARA DOAÇĀO DE ÓRGĀOS
  1. Uma questāo de necesidade: Lc 8.42,43
  2. Uma questāo de solidariedade: 1 Jo 3.17,18
  3. Uma questão de amor: Gl 4.14,15
    3. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUANTO À DOAÇĀO DE ÓRGĀOS
  1. O corpo se reconstituirá na ressurreição: 1 Co 15.52,53; Ap 20.13
  2. Essa é uma questāo do presente século: Dn 12.4
  3. Mistura fisiológica nāo contamina o espiritual: Mc 7.18-23